Quando se fala em marketing prontamente associa-se este com a propaganda. Porém encontram-se conceitos mais amplos na literatura, como o de Bartels que o define como atividade social, ao invés de meramente econômica, pois é essencialmente uma maneira de encontrar e satisfazer certas necessidades das pessoas. No campo da saúde, o marketing figura-se como uma ferramenta nova e importante no prognóstico da satisfação geral dos clientes com esses serviços. Estudos constatam que os profissionais pouco utilizam o marketing, demonstrando desconhecimento de seu significado e sua aplicabilidade. O médico é apontado como o profissional que mais se destaca no marketing, embora o Código de Ética Médico proíba a propaganda. E os profissionais de enfermagem, por que utilizam pouco o marketing? O que estes pensam a respeito do marketing? Com o objetivo de avaliar a percepção dos profissionais de enfermagem acerca do marketing em enfermagem, realizou-se esta pesquisa bibliométrica. Foram incluídos artigos completos de 2002 a 2012, em português e inglês, das bases de dados da BVS, Scielo e MEDLINE, utilizando-se os descritores: marketing, marketing em serviços de saúde e marketing social. Dos 11 artigos selecionados, 02 relataram que o marketing está inserido no cotidiano da Enfermagem, no que diz respeito às questões da avaliação da qualidade dos serviços prestados aos clientes. Já 02 artigos chamaram atenção para que as ferramentas de ações no trabalho do Enfermeiro, além de estar diretamente ligada ao marketing, devam alcançar meios de captação de usuários/cliente por meio da divulgação de campanhas preventivas e o controle de doenças e agravos que permeiam a população em diferentes níveis. A maioria reconheceu o Enfermeiro como o profissional que faz marketing por excelência, sendo sua marca o seu conhecimento sobre os cuidados, necessitando este compreender o que esses pacientes esperam dele. Sendo assim, o Marketing em Enfermagem é baseado na responsabilidade com os indivíduos, oferta de serviços, manutenção do equilíbrio e do bem-estar das pessoas, aplicando influências educativas e assistenciais para o alcance dos objetivos traçados, sem renegar os conhecimentos científicos da profissão. No entanto, é importante estabelecer uma estreita ligação a fim de deixar claros seus propósitos, que poderão variar, pois tanto as pessoas como as organizações que prestam assistência à saúde, possuem comportamentos, hábitos e culturas diversas.