Introdução: A gestação e o pós-parto são períodos singulares da vida da mulher que precisam ser avaliados com atenção específica, pois envolvem inúmeras e constantes alterações físicas, psíquicas e hormonais, elevando o risco do aparecimento de alterações psiquiátricas. A Depressão Pós-Parto (DPP) está entre as mais prevalentes morbidades, acometendo uma puérpera em cada cinco. Conforme o Código de Ética de Enfermagem, o enfermeiro deve ter como preocupação primordial a assistência no cuidado ao paciente como um todo e sua coletividade, assegurando uma atenção integral, corroborando com o Art. 5º, que trata das responsabilidades e deveres do Enfermeiro, onde todo profissional deve exercer a profissão com justiça, compromisso, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. Objetivo: Relatar as condutas de Enfermagem desenvolvidas para durante a assistência à paciente com depressão pós-parto. Metodologia: Relato de experiência realizado em Programa Saúde da Família no município de Bezerros - PE. A vivência deu-se a partir de visitas voluntárias na unidade, juntamente com a enfermeira responsável pela área. No presente relato, foi adotado o conceito de depressão pós-parto como um transtorno reativo ou distúrbio do humor durante o puerpério. Resultados e Discussão: Paciente DLVS, 22 anos, casada, primípara, portadora de DPP, admitida no PSF do município, com cirurgia cesariana realizada há cinco semanas. Relatou caso de depressão na família, incluindo sua mãe e uma tia. Durante a anamnese foram identificados: Ansiedade; Distúrbio do sono; Medo da solidão, além de verbalizar incapacidade para cuidar do recém-nascido. Para contribuir com o tratamento foram implantadas as seguintes intervenções: Orientação quanto aos cuidados com o recém-nascido; Maior interação com a família da paciente. Durante a assistência prestada os referenciais básicos da bioética foram contemplados: Autonomia, não-maleficência, beneficência e justiça, garantindo a legitimidade das informações e resguardando os sujeitos envolvidos. Conclusão: A assistência à paciente com DPP requer do Enfermeiro uma abordagem integrativa, continuada, detectando as necessidades reais de saúde da puérpera, implantando as intervenções de Enfermagem, adotando uma conduta que atenda aos princípios éticos e legais.