A amamentação tem um imenso significado afetivo para as mães, pois é na sua relação com seu bebê que se fortalecem os sentimentos de intimidade, carinho e segurança. As inúmeras vantagens e benefícios do aleitamento materno tem se tornado cada vez mais conhecidas, porém estudos apontam sobre o risco da transmissão do HIV através da amamentação de mães soropositivas. As medidas de prevenção da transmissão do HIV podem auxiliar na redução da infecção em crianças. Objetivou-se neste estudo fazer uma revisão de literatura para compreender o processo de não amamentação de mães soropositivas, observando o contexto nacional das pesquisas e as recomendações referentes ao assunto. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva, de caráter qualitativo, utilizando as principais bases de dados nacionais (SCIELO e LILACS), com artigos publicados nos últimos 5 anos. Conforme se constatou, para as mães soropositivas o motivo da não amamentação acarreta culpa, frustrações, sofrimento, impotência e desejos desfeitos. Elas vivenciam o sentimento de não se considerarem completas como mães, além de enfrentarem problemas com as mamas. Porém, foi evidenciado também que o fato de não amamentar, quando se é portadora do vírus, significa um gesto de amor e carinho, pois é uma atitude que visa à preservação da saúde do bebê. Isso ameniza o sofrimento materno e estimula as mães a cuidarem da sua saúde. Os resultados nos mostraram a importância das medidas de prevenção e detecção precoce do HIV para a diminuição da transmissão materno-infantil, para o início das possíveis intervenções. O estudo evidenciou também que não amamentar pode ser doloroso emocionalmente e que, nesse caso, é necessário que as mães soropositivas sejam orientadas pelo enfermeiro com um cuidado especial para enfrentar esse dilema, substituindo o leite materno, protegendo seu bebê da exposição ao vírus HIV.