INTRODUÇÃO: A base da pirâmide etária brasileira está cada vez mais estreita, com a população do país envelhecendo e, em consequência, emergindo doenças crônico-degenerativas, sendo a artrose uma das mais frequentes, referidas como principal fator de incapacidade física dos idosos. Segundo dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), 20% da população com idade em torno dos 40 anos, cerca de 100 % da população com mais de 80 anos. A artrose causa a destruição progressiva dos tecidos que compõem as articulações, levando à ocorrência progressiva de dor, deformação e limitação dos movimentos. Mesmo não havendo cura para a artrose, o tratamento adequado, fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), permite aliviar os sintomas, melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida, bem como prevenir ou corrigir problemas articulares mais graves. O conhecimento do paciente acerca da sua patologia é um elemento de grande importância na determinação dos resultados do tratamento, podendo o idoso não saber lidar com a doença por não conhecer os sintomas e agravos desta. OBJETIVOS: Relatar a experiência de alunos de enfermagem sobre os cuidados necessários a uma idosa portadora de artrose e analisar o enfrentamento às limitações causadas pelos sintomas da doença. MÉTODOS:Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, fruto da vivência de acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG,) desenvolvido em março e abril de 2013, utilizando os dados coletados em visitas domiciliares a uma idosa, usuária de um posto de saúde da cidade de Campina Grande, na Paraíba, acometida com artrose. RESULTADOS: Foram realizadas orientações quanto à importância do acompanhamento do tratamento médico, fisioterápico, disponível no SUS (Sistema Único de saúde) e incentivada a prática de atividades físicas de rotina, a exemplo de caminhadas. Por conseguinte, foi avaliada a importância da atividade física na atenuação dos sintomas. Apesar do portador de artrose não se sentir bem por não ter perspectivas de cura do quadro clínico, na ocasião das visitas a idosa verbalizou o interesse em aprender a se cuidar melhor e a mudar seu estilo de vida, e já percebeu discretos sintomas benéficos dos novos hábitos adotados. CONCLUSÃO: Sugerimos que a equipe multiprofissional da atenção básica adote estratégias no tocante a atrair esse público para que esses usuários tenham acesso a informações claras e objetivas a respeito de sua patologia.