Algumas das características peculiares de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) são: ambiente permeado de tecnologia de última geração, situações iminentes de emergência e necessidades de agilidade e habilidade no atendimento ao cliente. Estas unidades são organizadas de maneira a prestar assistência especializada aos clientes em estado crítico, com risco de vida, exigindo controle e assistência médica e de enfermagem ininterruptas. Em virtude desses fatos, justifica-se a introdução de tecnologias cada vez mais aprimoradas que buscam, por meio de aparelhos, preservar e manter a vida do paciente em estado crítico, através de terapêuticas e controles mais eficazes, tais equipamentos favorecem o atendimento imediato, possibilitando segurança para toda a equipe da UTI. Contudo as tecnologias leves são negligenciadas, pois se refere às tecnologias de relações, de produção de comunicação, de acolhimento, de vínculos, de autonomização. O objetivo deste trabalho é discutir a relação das tecnologias leves sobre a ótica do enfermeiro e quais os benefícios das mesmas na prestação do cuidado de enfermagem ao paciente na alta complexidade. Trata-se de um ensaio teórico fundamentado em uma revisão bibliográfica do tipo narrativa, que permite a análise da literatura publicada, artigos de revistas impressas e/ou eletrônicas sobre um determinado assunto, com o objetivo de descrevê-lo e discuti-lo, sob ponto de vista teórico ou contextual. As maiorias das intervenções dos pacientes críticos são em forma de equipamento os quais contribuem para tornarem as relações humanas mais distanciadas, fazendo com que enfermeiros e integrantes da equipe de profissionais de saúde saibam mais sobre a máquina e pouco sobre o usuário que se está cuidando o que leva a um trabalho morto. Conclui-se que este estudo é de grande relevância e a realização do trabalho fundamental para se conhecer a importância da utilização das tecnologias leves para a promoção do cuidado, manutenção e recuperação da saúde dos pacientes que se encontram em estado crítico, visto que as mesmas são essenciais, pois propiciam momentos de acolhimento, comunicação, vínculos, cuidado mais humanizado e integralizado permitindo ao enfermeiro olhar não apenas o processo saúde-doença e sim o usuário através da sua subjetividade.