Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
UM PROFESSOR DE ENFERMAGEM NA UTI: LIÇÕES ÉTICAS SOBRE O CUIDAR VIVENCIADAS ENQUANTO SER PACIENTE
Relatoria:
ALAN DIONIZIO CARNEIRO
Autores:
- GILVÂNIA SMITH DA NÓBREGA MORAIS
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética e legislação em enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O exercício da docência de Enfermagem envolve a tenacidade de colher das vivências e experiências humanas a união entre teoria e prática e os fundamentos do agir do profissional de Enfermagem. Deste modo, este trabalho tem como objetivos: relatar a vivência de um professor de enfermagem que enquanto ser paciente ficou submetido em uma unidade de tratamento intensivo de um hospital de emergência e trauma; e, refletir aspectos éticos relacionados aos cuidados em saúde. Para tanto, trata-se de um relato de experiência organizado de forma temática relacionada ao objeto de estudo e vinculadas temporalmente ao período de internação após o acidente automobilístico sofrido em agosto de 2011. Para uma melhor apresentação dos aspectos éticos referentes ao cuidar prestado pelos profissionais de saúde, o relato foi dividido em 6 (seis) momentos: 1.No princípio era um professor de enfermagem...; 2. A vulnerabilidade do ser paciente em UTI e Autonomia; 3. Solidariedades para com um professor-paciente; 4. Humanização da Assistência em UTI; 5. Espiritualidade em saúde; e, 6. Gratidão aos cuidadores. Com base nesse relato de experiência é possível perceber que a autonomia do paciente está limitada na UTI, o que não significa sua expurgação da relação de cuidado. O paciente precisa falar e, em sendo ouvido, ser reconhecido como um igual, de modo que, fazendo-se compreender, ele se revela livre e pleno de sentimento de dignidade, ao expressar sua autonomia. A humanização do cuidar reflete-se sobre o agir do cuidador o qual passa a ser percebido como uma presença dinâmica e importante, capaz de acolher, refletir, reconhecer e desempenhar, com competência e sensibilidade, uma assistência voltada às necessidades do receptor de cuidados, de modo que o sofrimento somente é intolerável quando ninguém cuida. Ademais, é possível evidenciar que cuidador e paciente, ambos, são seres humanos que a partir do encontro-cuidado, ajudam-se a si curar mutuamente, físico e espiritualmente; extraindo desse encontro lições e atitudes que valorizem a vida e nos ensinem a compreender a felicidade em se viver. Todos somos chamados a ser curados.