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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
INFECÇÕES HOSPITALARES NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
Relatoria:
MARCELO DE MOURA CARVALHO
Autores:
  • MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • CLAUDETE FERREIRA DE SOUSA MONTEIRO
  • TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAÚJO
  • LORENA ROCHA BATISTA DE CARVALHO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Dissertação
Resumo:
As infecções hospitalares se constitui em um grave problema de saúde pública mundial. Representam complicações relacionadas à assistência à saúde que resultam no aumento da permanência hospitalar e na redução da rotatividade dos leitos. Elevam os custos hospitalares e são responsáveis pelo aumento da morbi-mortalidade. Isso tem implicado em um grande desafio a ser enfrentado por profissionais e gestores dos serviços de saúde. Este estudo têm como objetivo investigar as infecções hospitalares das Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s) em um hospital público de referência para alta complexidade do Estado do Piauí. Trata-se de um levantamento epidemiológico, de corte transversal, realizado em duas unidades de terapia intensiva. A população foi constituída por 441 pacientes internados no período de janeiro a junho de 2011. A amostra foi constituída por 76 pacientes que desenvolveram 106 episódios de infecção. Os dados foram coletados por meio de formulário dos prontuários, processados no SPSS 18.0 e feito análise estatística. Os resultados indicaram que a causa da internação mais freqüente foi devido, politraumatismos e traumatismo crânio encefálico com 26,3% dos pacientes e 21,6% por clipagem de aneurisma. A taxa de infecção hospitalar nas duas unidades de terapia intensiva foi de 24%. Quanto à topografia, 59,4% dos pacientes apresentaram infecções respiratórias e 23,6% urinárias. Com relação aos procedimentos invasivos, 100% dos pacientes receberam sondagem vesical e 85,5% sondagem nasogástrica. Os principais microorganismos causadores de infecção foram: Pseudomonas aeruginosa; Klebsiella sp. e Staphylococcus aureus. A taxa de mortalidade foi de 17,1% nas duas unidades. Desta forma, percebe-se que a prevalência de infecção hospitalar continua sendo um problema relacionado à assistência aos pacientes das unidades de terapia intensiva. Assim, é necessário que as instituições prestadoras de serviços de saúde adotem as recomendações do Programa Nacional de Prevenção e Controle das Infecções Hospitalares, por meio da busca ativa sistemática das infecções, da adoção de medidas de prevenção e controle, assim como de medidas para a qualificação profissional orientada pela prática de educação permanente nos serviços de saúde.