A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica crônica inserida no grupo das psicoses funcionais. Síndrome clínica complexa caracterizada por manifestações psicopatológicas acometendo, sobretudo o pensamento, a percepção, o afeto, à vontade, bem como o comportamento do indivíduo. Este trabalho objetivou relatar a experiência de discentes de enfermagem no acompanhamento de um paciente com esquizofrenia através de visitas domiciliares. Pesquisa do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem na disciplina Saúde Mental na Atenção Básica, através de 5 visitas domiciliares, semanalmente, nos meses de março e abril do ano de 2012, em um bairro do município de Teresina - PI. Através das visitas domiciliares foram propostas atividades terapêuticas, além da uma assistência humanizada como instrumento facilitador para criação de vínculos e aproximações dos profissionais com o cotidiano do cliente e família. Por meio das atividades realizadas foi possível gerar inserção social, desenvolvimento biopisíquico que promovessem a saúde mental, bem como auxiliar no exercício da autonomia e independência. Conseguiu-se através da prática artística produção de lazer, além de proporcionar à oportunidade de melhorar a renda familiar por ser ensinada à cliente a construção de lápis artesanais. Já as atividades envolvendo jogos reforçaram a memória e contribuíram para a ampliação da autoestima, além do lazer e entretenimento. Através das atividades lúdicas conseguiu-se estabelecer vínculos, aproximação profissional-cliente, contribuindo para melhora da comunicação. Assim, o relacionamento terapêutico é essencial para estabelecer uma relação de confiança, empatia, como também promover práticas prazerosas, orientar a família acerca dos problemas da saúde, ou seja, configura-se como um instrumento de cuidado que permite a reintegração e reorganização da pessoa que padece psiquicamente. A visita domiciliar é vista como uma estratégia relevante para a realização destas atividades e como um indispensável recurso profissional. Destarte, fica notória que as pessoas com transtornos mentais podem ser acolhidas, assistidas e ter a sua qualidade de vida melhorada por meio de ações implementadas pelos profissionais de saúde, em destaque os da enfermagem, proporcionando, o desenvolvimento de ações de inclusão da pessoa com problema mental, sofrimento psíquico na comunidade e de reabilitação psicossocial.