INTRODUÇÃO: Há evidências de que os neonatos possuem capacidade neurológica para perceber a dor, mesmo os neonatos pré-termo. Os recém-nascidos (RNs) podem perceber a dor mais intensamente do que pessoas mais velhas porque os mecanismos de controle inibitório são imaturos, limitando sua capacidade para modular a experiência dolorosa. A utilização de estratégias para avaliação da dor é necessária para um tratamento adequado e garantia de uma assistência mais humanizada. Essas estratégias consistem na observação de respostas comportamentais, metabólicas, e fisiológicas. OBJETIVO: Expor a importância da avaliação da dor no RN como ação primordial para humanizar o processo de hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão sistemática, apresentando os benefícios em avaliar a dor neonatal como prática de humanização em UTIN. Foi realizado o levantamento de dados no portal da Biblioteca Virtual de Saúde (Scielo), no mês de julho de 2011, resultando em 19 publicações dos anos de 2007 a 2011, e destes foram selecionados seis artigos científicos. Como critério de inclusão, foram utilizados textos completos relacionados às UTIN e práticas de alívio da dor em RNs, no idioma português. RESULTADOS: A dor e o manejo desta no RN recebem pouca atenção na prática clínica, talvez pelo fato dos profissionais apresentarem dificuldades em reconhecê-la, avaliá-la, preveni-la ou tratá-la. Dentre as escalas para avaliação da dor, as mais estudadas são: Neonatal Infant Pain Scale/ Escala de dor no neonato (NIPS), a Escala da Mímica Facial de Dor do Recém-Nascido (NFCS) e a Premature Infant Pain Profile/ Perfil da dor no neonato prematuro (PIPP) e ainda a Crying, Requires O2 for saturation above 90%, Increased vital signs, Expression, and Sleeplessness (CRIES) sendo simultâneas à monitorização dos sinais vitais, de acordo com a gravidade do caso. CONCLUSÃO: Nesse sentido é de fundamental importância o papel da equipe de enfermagem na assistência ao neonato com dor, o qual precisa estar sempre com sua formação atualizada para reconhecer, avaliar, prevenir e ofertar medidas de alívio da dor eficazes e atuar de forma segura e eficiente.