A gestação é um dos momentos mais ricos e cheios de fantasias e mudanças significativas na vida de uma mulher, tanto no que concerne ao seu papel na família quanto ao desempenhado na sociedade. Este é um momento em que mudanças tanto fisiológicas como psicológicas fazem parte do universo feminino e por isso exigem dos profissionais responsáveis por ela, principalmente do enfermeiro, que dispensem uma assistência e acompanhamento amplo e organizado que abranja todas as suas necessidades, quer clínicas quer de apoio psicológico, valorizando a singularidade de cada mulher/gestante. Uma assistência humanizada priorizando o acolhimento e a comunicação, com ênfase nas ações de educação em saúde que proporcionem à mulher o aprendizado necessário para vivenciar esta etapa sem medos ou inseguranças, é o preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), e ratificado pelo Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN). Através de uma abordagem qualitativa de caráter descritivo-exploratório a presente pesquisa buscou identificar a humanização na consulta de enfermagem no pré-natal sob a perspectiva da gestante como agente primordial para tal julgamento, cujo objetivo esta centrado em conhecer a compreensão dessas mulheres sobre a humanização na consulta do enfermeiro no pré-natal. Utilizou-se para a coleta de dados um roteiro de entrevista com questões semi-estruturadas que contemplaram a caracterização dos sujeitos e o objetivo proposto. Participaram da pesquisa 14 gestantes, residentes em Grajaú-MA, que estavam realizando acompanhamento de pré-natal com o enfermeiro do posto de saúde do Bairro Mangueira, tiveram pelo menos duas consultas, são cadastradas no SIS/PRÉ-NATAL e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Através da análise dos resultados das informações coletadas pode-se perceber que as gestantes têm conhecimento sobre assistência pré-natal, percebem ações humanizantes na consulta de enfermagem, apontam a comunicação/informação e acolhimento como exemplo de tais ações, bem como essenciais para o acompanhamento, e reportam as ações de educação em saúde como primordiais para o aprendizado necessário para o auto-cuidado e cuidado com o bebê.