Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um problema de saúde pública, com forte impacto na morbidade e mortalidade da população mundial (QUIROGA et al., 2009). Por conta dos seus prejuízos, requer uma assistência de enfermagem especializada, objetivando a diminuição da mortalidade e melhoria da qualidade de vida. Objetivo: Identificar as evidências disponíveis na literatura que abordem as intervenções de enfermagem ao paciente com TCE. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, com pesquisa de artigos nas bases LILACS, SCIELO e BDENF, no mês de maio de 2012. A questão guia para esta revisão foi: “Qual a produção científica de enfermagem disponível acerca da assistência de enfermagem ao paciente com TCE?” Utilizaram-se os descritores: traumatismos craniocerebrais, cuidados de enfermagem e promoção da saúde. Foram selecionados artigos produzidos por enfermeiros, nos idiomas português e espanhol, que abordassem a temática, publicados no período de 2004-2012, com resumos disponíveis na íntegra. Resultados: O TCE é definido como uma agressão ao cérebro causada por lesão física externa, podendo levar a alterações no nível de consciência e resultar em comprometimento das habilidades cognitivas, físicas e comportamentais (CYRILLO et al., 2009). De acordo com a literatura, a assistência de enfermagem ao paciente com TCE deve abranger: monitoramento da função neurológica (como nível de consciência e função motora) e do equilíbrio hidroeletrolítico; manutenção da via respiratória, através de um bom posicionamento e estabelecimento de procedimentos de aspiração eficazes; promoção da nutrição adequada; prevenção de lesões; manutenção da temperatura corporal; manutenção da integridade cutânea, através da avaliação de toda a superfície corporal e mudanças de decúbito; avaliação do nível de função cognitiva; prevenção dos distúrbios do padrão de sono, diminuindo ruído ambiental, atenuando as luzes do quarto e uso de medidas de promoção de conforto; apoio ao enfrentamento familiar, proporcionando aos familiares informações honestas e estimulá-los a continuidade do cuidado (VÁZQUEZ et al., 2004; CANOVA et al., 2010). Conclusões: O TCE é uma entidade clínica complexa, de alta incidência, podendo apresentar vários níveis de severidade e diversas complicações, com diferentes níveis de sequelas motoras e psicológicas. A enfermagem atua de forma ativa no cuidado direcionado ao paciente com TCE, através de uma assistência integral e qualificada.