A visita aberta é uma proposta lançada em 2004 pela Política Nacional de Humanização (PNH) cujo objetivo é produzir saúde e aumentar a autonomia da pessoa, da família e da comunidade, aceitando a presença do acompanhante como essencial para a concretização desta proposta. Expor a importância da adoção de um modelo de assistência centrado no neonato e na família através da visita aberta, como ação primordial para humanizar o processo de hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão sistemática, apresentando os benefícios da visita aberta como prática de humanização em UTIN. Foi realizado o levantamento de dados no portal da Biblioteca Virtual de Saúde (Scielo), no mês de abril de 2012, resultando em 26 publicações dos anos de 2008 a 2012, e destes foram selecionados nove artigos científicos. Como critério de inclusão, foram utilizados textos completos relacionados às UTIN e visitas a pacientes, no idioma português. A grande dificuldade em respeitar os direitos dos usuários em ter um acompanhante e/ou visitante é a adequação dos serviços de saúde para atender e aceitar essa nova demanda. Percebe-se a falta de estrutura física e profissional qualificados para o acolhimento dos visitantes e dos acompanhantes, como também, a dificuldade de compreender a função desses na reabilitação do recém-nascido (RN), tanto por parte dos gestores quanto dos trabalhadores e dos familiares. Estudos comprovam que os pais sentem-se mais tranqüilos quando podem permanecer junto ao filho, pois reconhecem que sua presença, seu apoio e carinho são essenciais para a recuperação da criança. Conclui-se que a presença do acompanhante e visitante na UTIN deve ser considerada, pela equipe, como parte essencial da assistência integral à família em busca de uma assistência holística e humanizada, o acolher deve envolver ação física e afetiva. Nesse sentido, a enfermagem deve se conscientizar da importância do seu papel em apoiar o relacionamento mãe-filho e família da criança hospitalizada, pois a presença destes contribui efetivamente na adaptação do RN ao ambiente hospitalar, numa melhor aceitação e resposta à terapêutica, na recuperação mais rápida e na redução do período de hospitalização.