Introdução: As Síndromes Hipertensivas da Gravidez (SHG) é a afecção mais comum e mais séria durante o período gestacional. Aproximadamente 10% das primigestas brasileiras apresentam SHG e 5%, hipertensão arterial crônica. A pré-clâmpsia e a eclâmpsia são a principal causa de morte materna no Brasil, representando 20% destas. Das SHG a mais graves é a eclâmpsia, uma complicação da pré-eclâmpsia. A eclâmpsia é caracterizada pela presença de convulsões tônicos-clônicas generalizadas ou coma em mulher com quadro hipertensivo, não causadas por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva. Assim, é relevante estudar os principais fatores de risco maternos para a eclâmpsia, uma vez que a SHG é a principal causa de morte materna e morbidade perinatal. Objetivo: Identificar estudos que abordassem os fatores de risco para o desenvolvimento da eclâmpsia na gravidez. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura sistemática, extraída de artigos publicados entre 2005 e 2011. Utilizaram-se os periódicos indexados com texto completo disponíveis nas bases de dados MEDLINE e LILACS. Resultados: Inúmeros são os fatores que aumentam o risco de desenvolver a eclâmpsia: antecedentes pessoais ou familiares de pré-eclâmpsia e/ou hipertensão arterial crônica, primiparidade, gravidez múltipla, idade superior a 30 anos, raça negra, diabetes mellitus, doença renal e obesidade. Dentre esses fatores a idade superior a 30 anos é o maior fator de risco em relação as primíparas como nas multíparas. Conclusão: Torna-se essencial a orientação e uma assistência pré-natal de qualidade voltada a pacientes que apresentem esses fatores de risco e, consequentemente, prevenir essa afecção. Diante disso é relevante a intensificação de políticas públicas voltadas a gestação de alto risco.