O exame citopatológico ou Papanicolaou consiste na coleta de material citopatológico cérvico-vaginal e microflora para identificar as alterações na morfologia celular sugestivas para o diagnóstico ou prevenção de doenças a partir da análise ao microscópio do esfregaço celular. É principal estratégia adotada no Brasil, e recomendada pela Organização Mundial de Saúde para o rastreamento do câncer do colo uterino. É um exame disponibilizado nas unidades de saúde que pode ser feito por enfermeiros capacitados, e pode ser oferecido para mulheres de 25 a 60 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos. Este estudo objetivou descrever a quantidade de exames citopatológicos cérvico-vaginal e microflora realizados no período de 2009 a 2011 nos municípios de Ilhéus e Itabuna, Bahia. Foram utilizados dados provenientes do Sistema de Informação do Câncer de Colo de Útero (SISCOLO) que receberam tratamento estatístico através da tabulação dos dados e foram submetidos ao cálculo da taxa percentual de mulheres que realizaram o exame citopatológico por faixa etária referente a cada ano segundo o município de residência. As faixas etárias que mostraram uma maior relevância nos municípios de Ilhéus e Itabuna, Bahia, no período de 2009 a 2011 foram: mulheres de 20-24, 25-29 e 30-34, em razão do exame citopatológico ou Papanicolaou no Brasil, ser realizado na maioria das mulheres com idade inferior a 35 anos devido estas comparecerem mais no serviço de saúde para atendimento materno-infantil. Em seguida se destacam as faixas etárias 40-44, 45-49 por ano nestes municípios, o que propõe a estas mulheres uma maior procura para a realização do exame uma vez que se sabe que mulheres com idade de 40-49 apresentam maior risco para o desenvolvimento do câncer de colo do útero. Conclui-se que é preciso a intensificação dos programas de saúde da mulher a fim de ressaltar a importância do exame citopatológico na identificação de estágios iniciais do câncer do colo do útero possibilitando assim, um tratamento em fase inicial diminuindo a morbimortalidade desde tipo de câncer. Além disso, os profissionais de saúde precisam desenvolver ações na busca por mulheres que nunca realizaram o exame e daquelas que não retornaram a unidade para verificar o resultado do mesmo ou que simplesmente tiveram resultados alterados e não fizeram o acompanhamento adequado.