A comunicação, manifestada em suas variadas formas, se apresenta como instrumento fundamental para a realização dos cuidados paliativos. Este estudo tem por objetivo caracterizar, com base na literatura existente entre 2001 e 2011, o processo de comunicação em cuidados paliativos, bem como a assistência de enfermagem ao paciente terminal. Trata-se de uma pesquisa documental feita com base numa amostra de 16 artigos dispostos em 10 periódicos on-line, disponíveis no site da Biblioteca Virtual em Saúde, Scientific Eletronic Library Online e periódicos online da área da saúde. Os periódicos que apresentaram maior quantitativo de artigos abordando a temática foram: Revista da Escola de Enfermagem da USP, com 4 estudos e Revista Brasileira de Terapia Intensiva, com 3. Quanto à área de formação dos pesquisadores, a maioria é de Enfermagem, seguida por Medicina. Por meio da análise do material foi possível construir duas categorias temáticas para discussão: Categoria I- os artigos destacaram que o enfermeiro tem capacitação para a assistência aos sinais e sintomas do indivíduo sob cuidados paliativos em suas múltiplas dimensões, além de associar à ciência a arte do cuidar no seu cotidiano profissional, porém necessitam de melhor qualificação neste aspecto. Categoria II- a comunicação em cuidados paliativos é enfatizada como instrumento essencial que deve cada vez mais ser utilizado, servindo, inclusive, de parâmetro para a qualidade dos cuidados prestados. Ressalta-se também a importância da comunicação verbal e não-verbal, do otimismo e bom-humor. Percebe-se a relevância da temática, bem como a necessidade de contínuas investigações acerca da mesma, visto que os profissionais precisam estar constantemente se atualizando e capacitando para a execução de um cuidado tão especial, onde uma palavra pode ser mais eficaz que o medicamento.