INTRODUÇÃO: Com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), a ESF tornou-se um disposto estratégico para a reorganização do modelo curativista e hospitalocêntrico hegemônico. Suas ações pautadas na promoção da saúde e prevenção da doença possibilitam que suas práticas sejam operacionalizadas no contexto comunitário e territorial com atuação multidisciplinar e participativa. Já o CAPS emerge como um serviço de saúde ordenador de ações de saúde mental nas redes assistenciais. Dessa forma, o matriciamento é um arranjo institucional construído a partir de uma rede ampliada de cuidados em saúde mental, desviando a lógica de encaminhamento indiscriminado para uma logica da corresponsabilização, assim visa à integração das equipes de saúde mental com e atenção psicossocial para acompanhamento dos usuários com problemas psíquicos leves. OBJETIVO: Descrever a necessidade da participação da ESF nas ações desenvolvidas pelo CAPS na perspectiva do apoio matricial, a partir de um relato de experiência. METODOLOGIA: Utilizou-se como metodologia o acompanhamento aos usuários, visita as famílias e leituras sobre a temática. Através da Disciplina Saúde do Adulto ofertada no 7º período do Curso de graduação em Enfermagem Campus Caicó/UERN realizou-se aulas práticas no CAPS “Arte de Viver” na cidade de Caicó-RN. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Nesse sentido, observou-se que as ações desenvolvidas para os usuários pelo serviço de atenção psicossocial não são articuladas em conjunto com a equipe multiprofissional da ESF. As famílias não recebem apoio da ESF quanto aos seus casos de saúde mental impedindo a ampliação do potencial resolutivo desses casos. Também, a ausência de qualificação dos profissionais do CAPS se mostra evidente perante a abordagem aos usuários caracterizando o serviço de saúde mental como um espaço de lazer, socialização e diversão e não sendo os usuários vinculados a outros serviços de saúde. CONCLUSÃO: Nesse prisma, torna-se indispensável a construção do matriciamento a partir de um arranjo organizacional entre o CAPS e a ESF, permitindo uma articulação evidenciada pela ampliação dos serviços assistenciais em saúde mental, fortalecendo o processo saúde/doença do usuário com transtorno psíquico.