Resumo: Os determinantes de saúde dos trabalhadores compreendem a qualidade de vida, as condições de trabalho, a remuneração, a adaptação, além do conjunto de condicionantes biológicos, sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis por situações de risco para a saúde e a vida. Os riscos ocupacionais aos quais estão expostos os profissionais de enfermagem dentro dos estabelecimentos de assistência à saúde incluem os físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos. Estes, variando de acordo com a sua origem, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Tendo como objetivo, descrever uma proposta de identificação de riscos e condições insalubres dos estabelecimentos de assistência à saúde e um plano de ação para minimização destes riscos. Trata-se de um relato de experiência a partir das atividades práticas realizadas, por acadêmicas de enfermagem, na Disciplina de Estágio Supervisionado no período de fevereiro a maio de 2012, quando tivemos a oportunidade de desenvolver atividades educativas junto à equipe de enfermagem. Os riscos ocupacionais identificados nos estabelecimentos de assistência à saúde foram: Químicos: diluição de medicamentos com técnicas inadequadas, exposição de drogas nos mobiliários, resistência antimicrobiana, micro-organismos multirresistentes, liberação de gazes medicinais. Biológicos: Risco de contaminação por secreções; ausência ou uso inadequado de EPI’s; limpeza inadequada do ambiente; exposição excessiva de líquidos corpóreos, ausência de distância mínima preconizada entre os leitos; risco de acidentes perfuro-cortantes e guarda inadequado de pertences. Ergonômicos: Sobrecarga de trabalho; profissionais insuficientes devido ao dimensionamento e absenteísmo; manuseio, transporte de pacientes e aparelhos sem equipamento adequado; jornada de trabalho prolongada. Físicos: Ruídos dos aparelhos; radiações, frio e/ou calor, rede elétrica com carga excessiva de equipamentos e uso de extensões. O plano de ação destaca estratégias estruturais, gestão de pessoas, educação permanente, trabalho multidisciplinar direcionado pela política de saúde do trabalhador. Conclui-se que os riscos ambientais, estão interligados a qualidade da assistência dos serviços e saúde do trabalhador, fazendo-se necessário a atuação dos gestores, clientes e profissionais envolvidos.