As condições de vida e de trabalho às quais está submetida à grande maioria dos trabalhadores de enfermagem, podem causar distúrbios musculoesqueléticos, interferindo na qualidade de vida desses profissionais. Dessa forma, objetivou-se conhecer o perfil laboral dos trabalhadores de enfermagem que possuem distúrbios musculoesqueléticos em um hospital municipal do estado do Ceará. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado com 63 profissionais da equipe de enfermagem do hospital municipal de Quixadá, durante os meses de agosto e setembro de 2011. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevista. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Faculdade Católica Rainha do Sertão, sob número de protocolo: 20110096. Dos 63 profissionais entrevistados 13(20,6%) eram enfermeiros, 49(77,8%) técnicos de enfermagem e um(1,6%) auxiliar de enfermagem. Em relação ao setor de trabalho prevaleceu a emergência (45,2%), seguido do posto clínico/cirúrgico (25,8%) e do centro cirúrgico (17,7%). De acordo com a jornada de trabalho, predominou o turno fixo (61,9%), seguido do turno rotativo (38,1%). A maioria revelou trabalhar nos turnos manhã, tarde e noite (28,6%). O trabalho diário acima de 12h era realizado por 36,5% dos participantes. 47,6% não trabalhavam horas extras, 30,2% raramente o faziam e 22,2% o faziam toda semana. Os resultados inferem que os distúrbios musculoesqueléticos estão presentes em profissionais com características laborais que podem estar associadas aos casos de desconforto. No entanto, faz-se necessária a realização de novas investigações para comprovar tal associação e, se necessário, diminuir a potencialização de adoecimentos entre esses profissionais.