Qualidade de vida é definida pela Organização Mundial da Saúde como sendo a “percepção do individuo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. É um conceito dinâmico, abstrato e multidimensional, influenciado por diferentes aspectos e contextos sócio-culturais. Considerando que o acadêmico de enfermagem se encontra em uma fase da vida com possibilidades de mudanças e de novas expectativas, que pode causar profundos reflexos na sua qualidade de vida atual e futura, este estudo objetivou analisar publicações na literatura científica especializada sobre a qualidade de vida de estudantes de graduação em enfermagem. Trata-se de revisão integrativa, com amostra composta por 7 artigos científicos, cujos critérios de seleção foram: artigos publicados entre 2002 a 2011, língua portuguesa, disponibilizados de forma gratuita e integral, indexados no banco de dados LILACS e que contivessem os seguintes descritores: estudantes de enfermagem e qualidade de vida. A autoria dos trabalhos analisados é, em sua maioria, de enfermeiros. São pesquisas de caráter descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa, sendo utilizados diferentes instrumentos de aferição de qualidade de vida validados no Brasil e passíveis de adaptação à proposta do estudo. A análise desses repertórios demonstra que a literatura é praticamente unânime em afirmar que a noção de qualidade de vida está intimamente ligada à avaliação pessoal e subjetiva que o indivíduo faz do seu significado. A maioria dos estudos avaliados parte desse princípio, considerando diferentes domínios da vida desses sujeitos. Também mostram que a necessidade de conciliação do trabalho à vida acadêmica, associada muitas vezes ao estresse, angústias quanto ao futuro profissional, má conciliação do sono, problemas financeiros e pessoais fatores que podem estar relacionados à uma má qualidade de vida. Neste sentido, estudos que abordam a qualidade de vida de acadêmicos de enfermagem podem, de fato, contribuir para a consolidação de novos paradigmas de saúde e bem estar durante esta etapa da vida, numa perspectiva de saúde integral e autocuidado, constituindo um intrigante desafio tanto para profissionais quanto para gestores de educação em saúde.