As práticas educativas em saúde no contexto da enfermagem é uma realidade cada vez mais presente nos serviços de saúde. Configura-se enquanto estratégia utilizada para enfrentar os problemas de saúde existentes, por meio da articulação entre o serviço e as redes sociais locais. As estratégias de promoção de saúde devem voltar-se para estilos de vida e condições sociais, econômicas e ambientais que determinam a saúde e qualidade de vida. É um instrumento de transformação social que propicia a reformulação de hábitos e aceitação de novos valores. Objetiva-se relatar a experiência da utilização de ações educativas realizadas por um grupo de acadêmicos do curso de graduação em enfermagem na Unidade Básica de Saúde da Família no município de Caicó-RN. A proposta intervencionista teve o aporte teórico e metodológico da disciplina Estágio Curricular Supervisionado I, do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus Caicó. A ação foi realizada em uma creche municipal, adscrita no território de uma Unidade Básica de Saúde da Família no município de Caicó-RN, nos meses de março e maio de 2011. Observou-se uma significante participação dos sujeitos nas atividades, proporcionando a troca de experiências entre os pais-equipe de saúde-estudante de enfermagem. As ações educativas contribuíram para o aumento da procura pela consulta de Crescimento e Desenvolvimento, para o planejamento de ações educativas voltadas para a atenção a criança e para o fortalecimento do trabalho interdisciplinar entre UBSF e a creche municipal. É mister reafirmar a necessidade de que a educação em saúde esteja voltada para a realidade da população à qual se destina, sendo necessário ir ao encontro dos interesses do educando, oferecendo conteúdos e práticas que estejam em consonância com suas necessidades, proporcionando autonomia ao sujeito do cuidado. Assim, a participação dos indivíduos nas ações educativas mostra-se como método efetivo para aquisição e compartilhamento de informações, possibilitando à clientela a execução de práticas favoráveis a sua saúde e seu bem-estar. A inserção do acadêmico no ambiente real da assistência à saúde, o uso de metodologias ativas e estratégias educacionais, nas quais os estudantes assumem papéis ativos e aproximam o ensino às necessidades da comunidade. E que educar para a saúde implica ir além da assistência curativista, significa dar prioridade a intervenções preventivas e promocionais.