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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO PARTO NA VIVÊNCIA DE UMA MATERNIDADE
Relatoria:
WISLAYNNE STWART BEZERRA ALVES
Autores:
  • LAÍS LEITE MONTEIRO DE MORAIS
  • PAULA DANIELLA DE ABREU
  • DÁVILA CORDEIRO DOS SANTOS
  • THAÍSE TORRES DE ALBUQUERQUE
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Na década de 90, o Ministério da Saúde (MS) criou portarias e resoluções de incentivo a políticas de humanização, delegando a assistência ao parto de baixo risco a enfermeira obstetra e criando o modelo do Laudo de Enfermagem para Emissão de Autorização de Internação Hospitalar - AIH. Estas ações visam conciliar o modelo hospitalocêntrico com a humanização, tendo em vista que os hospitais que oferecem assistência ao parto e puerpério, na maioria das vezes, não são capacitados para o desenvolvimento destas atividades. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante as atividades práticas em uma maternidade e sua correlação com as políticas de humanização preconizadas pelo MS. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, vivenciado por discentes do Curso de Enfermagem durante o campo de estágio da disciplina de Ginecologia e Obstetrícia em uma Maternidade de grande porte no município de Vitória de Santo Antão - PE. Resultados: Foram observadas situações que confrontam com o que é estabelecido pelo MS para o enfermeiro obstetra, profissionais que não exercem o que é de dever e direito legal, só exercendo suas atividades sob supervisão do profissional médico. São executadas técnicas cientificamente comprovadas como não eficazes e que aumentam as chances de danos irreversíveis para mãe e o feto. Não foram visualizadas condutas de humanização pelos profissionais médicos e da equipe de enfermagem, e as gestantes não possuem acompanhante durante o parto. A tendência é intervir no processo fisiológico, sendo a gestação vista com um olhar patológico, mantendo-se a tradição de condutas farmacológicas de aceleração do trabalho de parto, o que pode repercutir em efeitos negativos na parturiente. Conclusões: A análise da rotina e das atividades práticas vivenciadas durante o período de estágio mostrou para os acadêmicos que existem inúmeros condutas negligenciadas e situações que envolvem erros inadmissíveis na assistência à gestante, desde a sua admissão até a alta hospitalar. Estas atitudes os tornam sujeitos formadores de opiniões críticas sobre a humanização do parto e nascimento, desenvolvido a partir de situações de ambiguidade, um contraste sobre o que é proposto daquilo que é executado. A relação teoria-prática possibilita o uso conhecimento científico no planejamento de ações humanizadas e educativas, visando uma melhoria na qualidade da assistência ao parto oferecida nos dias de hoje.