Introdução: O sangramento continua sendo um dos principais efeitos deletérios da cirurgia cardíaca, sendo que a hemostasia cirúrgica inadequada e alterações da hemostasia provocadas pelo uso da circulação extracorpórea (CEC) são causas do aumento do sangramento pós-operatório. Em conseqüência do sangramento, ocorre o aumento da morbimortalidade, prolongamento de internação hospitalar e consequentemente aumento dos custos com o tratamento. Objetivo: Demonstrar o nível de sangramento no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca, através de uma revisão bibliográfica. Metodologia: Para o desenvolvimento desta pesquisa utilizou-se busca em bancos de dados: Scielo, BVS e literatura específica. Foram pesquisados seis artigos no período de 2002 a 2006. Utilizaram-se os descritores: “Perda Sanguínea Cirúrgica”, “Cirurgia Cardíaca”, “Enfermagem”. Resultados: Percebe-se que os fatores associados a maior volume de sangramento no POI de cirurgia cardíaca foram: operação de emergência, uso de anticoagulantes, plaquetopenia pré-operatória, uso e tempo prolongado de CEC, maior dose de heparina e seu rebote, hipotermia induzida pela CEC, hemodiluição, presença de acidose metabólica no pós-operatório, entre outros. A perda sanguínea resultante do sangramento excessivo e a tentativa de correção de distúrbios hemostáticos, como revisão cirúrgica e aumento do uso de hemoderivados, são responsáveis pela elevação dos índices de morbimortalidade e aumento dos custos com o tratamento. Conclusão: A redução do sangramento excessivo no POI reflete diretamente na diminuição dos índices de morbimortalidade, uso de hemoderivados e custos com o tratamento. Cabe a enfermagem estar apta a identificar e interpretar os sinais que cada indivíduo apresenta, assim como intervir adequadamente, a fim de evitar complicações no POI no que diz respeito a sangramento excessivo.