Desde a década de quarenta, a população mundial vem sofrendo uma série de mudanças, entre elas estão o envelhecimento populacional, o declínio da mortalidade geral e uma redução da taxa de fecundidade. No Brasil, o diabetes junto com a hipertensão arterial, é responsável pela primeira causa de mortalidade e de hospitalizações, de amputações de membros inferiores e representa ainda 62,1% dos diagnósticos primários em pacientes com insuficiência renal crônica, submetidos à diálise. Nesta perspectiva, muitas ações foram desenvolvidas no país. Uma delas foi a disponibilização para estados e municípios, de um programa com um sistema informatizado – o HIPERDIA. O Hiperdia é um Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à hipertensão arterial e ao diabetes, em todas as unidades ambulatoriais do SUS, gerando informações para os gerentes locais, secretarias municipais, estaduais e MS. Sendo importante por contribuir para a redução dos possíveis agravos aos pacientes acometidos pelo DM e HAS, uma vez que atua na prevenção, controle e acompanhamento dessas doenças. A equipe de saúde desempenha um importante papel de educação em saúde tornando-se um instrumento fundamental para uma assistência de boa qualidade no auxílio aos usuários. A enfermagem atua nessa nesse contexto como um dos principais agentes transmissor de conhecimento para a população, devendo este profissional ser preparado desde sua graduação para realizar tal atividade com destreza e resolutividade. Diante disso, achou-se importante o desenvolvimento de um relato de experiência que tem como objetivo descrever de maneira reflexiva e critica a vivência de graduandos de enfermagem em grupos educativos para portadores de diabetes e hipertensão apresentando as dificuldades e desafios existentes. O estudo é resultado da vivência de estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em um grupo operativo para portadores de hipertensão e diabetes, durante o estágio da disciplina Enfermagem na Atenção Integral à Saúde II. As problemáticas encontradas são provenientes de um conjunto de fatores que vão da escassez de recursos, as dificuldades de trabalhar em equipe com uma clientela específica. Assim, foi importante perceber a necessidade do uso da visão holística no acompanhamento desses usuários com distintas necessidades, pautando-se nos princípios e uma política nacional de humanização do SUS.