Entendemos como suporte social, a estrutura da rede de relacionamentos sociais e a adequação de sua função, especialmente o grau de satisfação da pessoa com o apoio de que usufrui. Assim, indica-se que o apoio social abrange políticas e redes de apoio sociais, como a família, amigos e comunidade, que tem como finalidade contribuir com o bem-estar das pessoas, principalmente aqueles em circunstância de exclusão, como é o caso das pessoas que vivem com HIV/aids. Em relação ao HIV, o suporte social é utilizado, em decorrência das situações de preconceito que marcam as reações sociais à soropositividade. Observa-se que o estigma e a discriminação podem levar o paciente ao isolamento social, a evitar relacionamentos sociais, a dificuldades na área sexual, podendo causar impacto negativo na manutenção e estruturação da rede social de apoio de pessoas soropositivas. O estudo tem como objetivo mensurar o suporte social recebido pelos portadores de HIV/aids e sua satisfação com o apoio recebido, empregando-se a Escala de Suporte Social para Pessoas Vivendo com HIV/aids. Foi desenvolvido um estudo prospectivo e concorrente com abordagem quantitativa, realizado em um Serviço de Assistência Especializada (SAE), Ambulatório de Infectologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), em Fortaleza-CE. Foram participantes desse estudo 30 adultos portadores da infecção pelo HIV, doentes ou não, ou seja, em uso ou não da TARV, de ambos os sexos, com diagnóstico confirmado há pelo menos dois meses, que estavam em seguimento ambulatorial no SAE do HUWC, residentes em Fortaleza-CE. O estudo foi desenvolvido no período de dez meses entre novembro de 2008 a agosto de 2009. O apoio social foi medido, utilizando-se instrumento específico que avalia dois tipos de apoio social, o emocional e o instrumental. Dentre as fontes mais frequentes de suporte social instrumental e emocional, mencionadas pelos participantes, são os parceiros, amigos, a família na figura da mãe, além dos filhos e irmãos, profissionais de saúde. O suporte social é apontado como fator que facilita o enfrentamento da doença e recuperação das pessoas que vivem com HIV/aids. Assim, sugere-se que o enfermeiro inclua esta avaliação durante a assistência. Ressalta-se a necessidade do apoio de familiares, amigos, e companheiros, gerando o apoio social, evitando o desequilíbrio emocional e físico do paciente.