O fenômeno do envelhecimento é comum a todos os países desenvolvidos e verifica-se atualmente com maior intensidade nos países em desenvolvimento. A doença de Alzheimer (DA) é uma demência que afeta o idoso comprometendo sua integridade física, mental e social, levando-o a dependência total na fase mais avançada da doença e exigência de cuidados, cada vez mais complexos. Em grande parte dos casos, a demanda por cuidados é assumida pela família, havendo necessidade frequente de se recorrer à assistência social e de saúde para apoio aos familiares. As demandas de cuidados produzidos pela DA comprometem não só a qualidade de vida (QV) do idoso doente como também a de seu cuidador. QV é uma percepção eminentemente humana que abarca diversos significados derivados de experiências, valores e conhecimentos individuais e coletivos. Atualmente, a definição mais divulgada e conhecida é a do grupo da Organização Mundial de Saúde (OMS) que a descreve como: “A percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vivem e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Considerando-se a importância de se conhecer a qualidade de vida desses cuidadores, de planejar intervenções voltadas à saúde dos mesmos, e, ainda, a escassez de publicações relacionadas à temática em questão, este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a qualidade de vida dos cuidadores de idosos com DA. Foi realizada uma busca na Biblioteca Virtual em Saúde – Enfermagem encontrando-se 206 textos completos e em português, selecionando-se os artigos publicados no período de 2007-2011, relacionados diretamente à temática abordada, o que resultou no final em 11 artigos para análise. O resultado da análise mostrou alteração na QV dos cuidadores, sendo o aspecto físico e emocional, a saúde mental, a dor física e o aspecto social as áreas mais afetadas. Outras variáveis, no entanto, como morar com o paciente, ser mulher ou cuidar do paciente por muitas horas na semana se correlacionaram com piores condições de QV. Dessa forma a literatura vem demonstrando que a tarefa de cuidar de idosos dependentes pode ocasionar efeitos adversos, gerando impactos negativos, devendo, portanto, ser desenvolvidos programas destinados a prevenir esses efeitos e a trabalhar na busca da qualidade de vida do cuidador.