A doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa progressiva integrante do grupo das mais importantes doenças comuns em idosos. É diagnosticada quando há o comprometimento de pelo menos uma função cognitiva além da memória. Está relacionada com o declínio progressivo funcional e à perda gradual da autonomia, o que ocasiona aos indivíduos afetados dependência total de outras pessoas. Nesse contexto, destaca-se o papel do enfermeiro como fundamental, considerando que a implicação advinda do processo de cuidar de um idoso com Alzheimer envolve questões complexas, desde a realização dos cuidados até o comprometimento emocional e físico daqueles que assumem essa tarefa. O cuidado prestado a estes idosos por seus cuidadores requer o conhecimento e o aprimoramento de estratégias emocionais, pois está imerso no campo da subjetividade individual daquele que cuida e na própria subjetividade do cuidar. Trata-se de uma revisão bibliográfica, de caráter exploratório, retrospectivo que objetiva investigar a produção de conhecimento sobre os cuidados de enfermagem destinados aos portadores de doença de Alzheimer a partir da investigação de artigos científicos publicados na base de dados BDENF e LILACS, nos anos de 2008 a 2012. Utilizaram-se como descritores referentes ao tema: cuidados de enfermagem e doença de Alzheimer. Foram selecionados 14 artigos científicos, sendo realizada leitura criteriosa e análise dos mesmos posteriormente. Destaca-se que a relevância do papel da enfermeira na realização destes cuidados consiste na forma como este profissional trabalha com a promoção da saúde e a prevenção de outras doenças, posicionando-se de forma autônoma frente ao cuidado e à atenção à família. Conclui-se que o cuidado de enfermagem em indivíduos com Doença de Alzheimer está embasado na prevenção de complicações advindas do comprometimento funcional e cognitivo do paciente, o alívio de seu sofrimento e de sua família e aumento do bem-estar, por meio de uma interação colaborativa, ausência de hierarquia, investigação do conhecimento que a família tem sobre o manejo da doença e a identificação dos recursos internos e externos de que dispõe o cuidador /familiar, traçando um perfil de sua vulnerabilidade ao adoecimento e atuando na prevenção do agravamento de sua intensidade.