A depressão pós-parto (DPP) pode se manifestar com intensidade variável, tornando-se um fator que dificulta o vínculo afetivo entre mãe e filho. Caracteriza-se como um distúrbio emocional comum, podendo ser considerada uma reação esperada no período pós-parto imediato e que geralmente ocorre na primeira semana depois do nascimento da criança. Identificar na literatura científica nacional os principais fatores de risco para DPP. Trata-se de um estudo bibliográfico. Para este trabalho procedeu-se as seguintes etapas: escolha do tema e seleção dos descritores, definição das bases de dados, análise dos dados e interpretação dos resultados. O levantamento bibliográfico foi realizado através de consulta à base de dados SCIELO, sendo identificados 26 artigos, nos quais foram analisados os principais fatores de risco, abordagem metodológica, ano de publicação, região e os principais resultados. Os achados apontam que a depressão pós-parto (DPP) está quase sempre relacionada com problemas conjugais, ausência de suporte familiar, violência doméstica, baixa renda familiar e baixa escolaridade. Os estudos foram publicados entre os anos de 2005 a 2011, sendo que o ano de maior publicação foi 2011, com 8 artigos. A maioria apresentou abordagem quantitativa e foi desenvolvida nas regiões Sul (50%), Sudeste (30,77%), Nordeste (15,38%) e Centro-oeste (3,85%). O estado do Rio Grande do Sul foi responsável pelo maior número de publicações, 13. Compreendeu-se que além dos danos causados à mãe a DPP pode afetar o desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança. Este estudo aponta para a importância da assistência de enfermagem nas consultas de pré-natal e puericultura na detecção de transtorno mental na mãe e para a necessidade de introduzir dados sobre o pai e a relação conjugal.