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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
OS DETERMINANTES SOCIAIS ENVOLVIDOS NA INTERRUPÇÃO DA ADESÃO TERAPÊUTICA POR PARTE DE USUÁRIOS DIABÉTICOS
Relatoria:
ELLINE JAHNE DE SOUZA CARDOSO
Autores:
  • ELLANY GURGEL COSME DO NASCIMENTO
  • MÁRCIO ADRIANO FERNANDES BARRETO
  • FELIPE CESAR CHAVES DE OLIVEIRA
  • MARÍLIA ABRANTES FERNANDES CAVALCANTI
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Diabetes Mellitus (DM) é uma disfunção metabólica crônica grave, de evolução lenta e progressiva, caracterizada pela falta ou produção diminuída de insulina e pela incapacidade desta em desempenhar corretamente a sua função. Destaca-se dentre as doenças crônico-degenerativas mais frequentes. O tratamento básico e o controle da doença consistem na adesão de uma dieta específica centrada na restrição de alimentos ricos em carboidratos, gorduras e proteínas, prática de atividades físicas regulares e uso correto da medicação. O referido estudo objetiva identificar os fatores contribuintes na não adesão ao tratamento farmacológico pelo portador de DM. Para tanto, utilizou-se de uma revisão sistemática de literatura, pesquisada na BVS, através dos descritores “diabetes mellitus” e “não-adesão ao medicamento”. Encontramos 80 artigos no idioma inglês, publicados de 2008 a 2012, sendo textos completos 23. Destes, selecionamos por “assunto principal” 18 artigos com o tema “Diabetes Mellitus”, e 17 relacionados à “Adesão à medicação”, totalizando um achado de 35 artigos. Foram selecionados dentre esses, 4 artigos para se utilizar como referencial teórico tendo em vista os que possuíam maior proximidade com a temática. A partir do referencial, observou-se as contribuições relevantes que os avanços na terapêutica vêm atingindo no cenário farmacológico, dentre outros panoramas da área da saúde, e que muito tem se discutido a respeito da adesão ao tratamento de diversas patologias, tendo em foco a cura das enfermidades. Porém, pouco tem se discutido acerca da não adesão, vista não somente como desprovimento de autocuidado, mas também como reflexo de outros fatores que podem estar interrompendo direta/indiretamente a continuidade da terapêutica, como: o receio do usuário frente a uma suposta falta de cuidado exercida pelo profissional de saúde para com eles, interrompendo desta forma e/ou mesmo nem iniciando o tratamento prescrito. Destacam-se ainda, variáveis educacionais, culturais e demográficas, dificuldades socioeconômicas, conhecimento ou desconhecimento do perfil da doença, suporte das políticas públicas de saúde e acomodação com as indicações do tratamento e sua medicalização. Em suma, é notória a relevância que o diálogo possui enquanto recurso de acesso no cenário profissional-usuário, a implementação de políticas públicas, bem como uma ampla discussão que possa conscientizar o usuário a adotar hábitos saudáveis no seu cotidiano.