INTRODUÇÃO: Período etário compreendido entre 10 e 19 anos, a adolescência é uma fase do desenvolvimento que marca a passagem da infância à vida adulta, caracterizada por transformações biopsicossociais, determinadas por fatores genéticos e ambientais. Os altos índices de gravidez e DST’s, na adolescência denunciam a frequência com que a atividade sexual desprotegida ocorre nessa faixa etária e alertam para a necessidade de uma política de prevenção séria e compromissada. OBJETIVO: Analisar o conhecimento e a prática do uso de métodos contraceptivos por adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, onde foram consultadas as bases de dados LILACS, buscando artigos publicados em periódicos que tratem sobre o conhecimento e prática do uso de métodos contraceptivos por adolescentes. Os dados foram obtidos utilizando-se os descritores de assunto adolescente e anticoncepção, no período de 2007 a 2012. Utilizou-se como critério de exclusão não possuir resumo e não contemplar o tema em estudo da pesquisa. Na busca inicial, encontrou-se um total de 62 trabalhos, mas após análise detalhada restaram 16 que atenderam a todos os critérios de elegibilidade. RESULTADOS: Observou-se que os adolescentes apresentaram atitudes positivas em relação à prática contraceptiva, onde todos abordaram a importância de utilizar métodos anticoncepcionais, e dentre os adolescentes entrevistados com vida sexual ativa, a maioria respondeu que utilizava algum método em todas as relações sexuais. A maioria dos adolescentes demonstrou ter maior conhecimento do que prática. Quando comparados o preservativo e a pílula, os adolescentes apresentam maior conhecimento e prática em relação ao preservativo, porém ainda registram-se elevada inadequação na utilização dos métodos contraceptivos, além da falta de serviços assistências onde possam buscar orientações e atendimento, mostrando assim, que precisam de informações sobre outros métodos. CONCLUSÃO: O estudo sobre a prática e conhecimentos dos adolescentes relacionada à anticoncepção, nos conduz à reflexão de que a iniciação sexual está cada vez mais precoce, o que torna imprescindível proporcionar a esse grupo uma orientação sexual, envolvendo programas educativos que abranjam o contexto sociocultural, educacional, familiar e emocional, nos quais os adolescentes estão inseridos, enfocando a questão dos métodos contraceptivos, uma vez que esse grupo necessita de informações mais concretas e sem subterfúgios acerca desse assunto.