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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
AGRAVOS OCUPACIONAIS EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Relatoria:
ILLOMA ROSSANY LIMA LEITE
Autores:
  • GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • MANUELLA CARVALHO FEITOSA
  • SARAH MARIA MELO CORDEIRO
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O desenvolvimento e a introdução constante de novas tecnologias de informação no cuidado hospitalar, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), interferem no processo de trabalho em saúde, com implicações também na saúde do trabalhador, podendo contribuir para aumento da incidência de doenças e acidentes de trabalho. No Brasil, é assegurado constitucionalmente o direito social ao trabalho seguro, assim como a obrigação do empregador em custear as consequências dos agravos sofridos pelos trabalhadores associados ao trabalho. OBJETIVO: Identificar os agravos ocupacionais à saúde de profissionais de enfermagem atuantes em UTIs, conforme a ótica da equipe. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado com 64 profissionais de enfermagem atuantes em duas UTIs de um hospital público de grande porte de Teresina-PI, em setembro de 2011. Foi utilizado um questionário contendo perguntas referentes ao processo de trabalho e a saúde dos profissionais. A pesquisa obedeceu a todos os preceitos éticos, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com CAAE (Certificado de Apresentação para Apreciação Ética) nº 0115.0.045.000-11. RESULTADOS: Com relação à presença de problemas de saúde relacionados ao trabalho, 57 profissionais de enfermagem (89,1%) afirmaram apresentar algum problema desta natureza. Os agravos à saúde associados ao trabalho, mais frequentemente relatados, foram: o estresse (53,1%) e a cefaléia (50,0%), seguidos de lombalgia (39,1%), fadiga (29,7%), insônia (28,1%), mudança de humor (26,6%), acidente com perfuro-cortante (26,6%), falta de ânimo (25,0%), alergias respiratórias (25,0%), distúrbios gastrintestinais (23,4%), ansiedade (20,3%), taquicardia (15,6%) e mialgia (15,6%), além de distúrbios visuais (12,5%), artralgia (10,9%), dermatites (9,4%) e falta de apetite (7,8%). CONCLUSÕES: Observou-se que é necessária a busca por um ambiente menos agressivo e com melhores condições de trabalho, para redução dos agravos ocupacionais que as equipes de enfermagem de UTI estão sujeitas em função das suas atividades diárias. Nesse contexto, deve-se ressaltar a importância dos profissionais de enfermagem adquirirem conhecimento sobre saúde ocupacional, visto que estes podem atuar como agentes de prevenção e promoção na saúde da sua equipe.