A sociedade atual encontra-se inserida em um contexto globalizado sob a ótica capitalista onde a realidade laboral apresenta relevante influência passível de sofrer interferências que corroboram com danos a saúde mental e a prática profissional do docente inserido na rede de ensino. A saúde do trabalhador em suas generalizações conceituais diversas inclui o sofrimento mental como um agravo no mundo moderno. O estresse aparece sob forte influência da organização do trabalho definindo as condições de trabalho desgastantes que o educador vivencia em sua prática cotidiana. O estresse consiste numa condição influenciadora de mudança do perfil de morbi-mortalidade colaborando com significativas conseqüências para a saúde e qualidade de vida dos docentes. Nesse contexto, a qualidade de vida dos docentes está sendo afetada pelo ritmo acelerado de trabalho, sendo a escola um ambiente laboral que sofre conseqüências do avanço da globalização. O presente estudo objetiva compreender a influência do estresse na qualidade de vida do professor inserido na rede básica de ensino. O estudo trata-se de uma revisão sistemática, na qual foi realizada uma pesquisa exploratória em artigos científicos disponíveis em meios eletrônicos. Foram utilizadas as pesquisas inerentes nas bases de dados da LILACS, BIREME e SCIELO entre os anos de 2000 a 2012, a partir dos seguintes descritores: saúde do trabalhador, estresse e educador. É notória a escassez de literatura que descrevem a penosidade do trabalho docente em sua rotina estressante. Percebe-se a prevalência da sobrecarga de trabalho, baixa remuneração, violência, desvalorização profissional e diminuição da vitalidade como pilares de desestruturação da atividade laboral do educador, contribuindo com a elevação do estresse e diminuição da qualidade de vida do trabalhador. Através do estudo é possível evidenciar a necessidade urgente de construção de políticas públicas de saúde que possibilitem uma prática educacional satisfatória, objetivando a promoção da saúde aos professores da rede básica de ensino. A criação de discussões entre saúde do trabalhador da educação e promoção da saúde devem ser potencializadas no ambiente escolar, com programas elaborados para o direcionamento do aumento da qualidade de vida dos professores. É relevante estimular o desenvolvimento de novos estudos sobre a temática em questão.