INTRODUÇÃO: A transmissão de microrganismos patogênicos pelos profissionais da área da saúde, que atuam como vetores, direta ou indiretamente, a pacientes vulneráveis é um dos mecanismos de favorecimento ao aparecimento de infecções hospitalares. Um terço destas infecções pode ser prevenido com medidas de controle à infecção, uma destas medidas é a adequada higienização das mãos, que, isoladamente, é a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares. OBJETIVO: Identificar em periódicos científicos se a higienização das mãos está realmente sendo posta em prática antes e depois dos procedimentos pelos acadêmicos de cursos da saúde e quais os erros cometidos no momento da lavagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, onde foram consultadas as bases de dados SCIELO e BIREME, buscando artigos publicados em periódicos no período de 2007 - 2011 que tratem sobre higienização das mãos e os principais erros cometidos nessa prática por acadêmicos da saúde. RESULTADOS: Foram analisados 10 artigos. Depois dessa análise pôde-se notar que aproximadamente 50% dos acadêmicos dos cursos de saúde que participaram do estudo realizaram a técnica de lavagem das mãos antes e depois dos procedimentos. Sendo importante destacar que em um dos artigos pesquisados foi relatado que os alunos do 4º ano que realizaram os passos antes e após o procedimento foi muito baixa quando comparada ao 2º e 3º ano, havendo, então, uma diminuição conforme o avanço do aluno no curso de graduação. Foram também encontrados vários erros na hora da lavagem das mãos, como, não realização de todos os passos, não retirada dos adornos (relógios, pulseiras ou anéis) antes da lavagem, não utilização do papel toalha para fechar a torneira. CONCLUSÃO: Mesmo sendo um procedimento de grande importância, a higienização das mãos não está sendo bem aderida pelos acadêmicos dos cursos da saúde. Isso pode ser decorrente de diversos fatores, como, falta de materiais, falta de tempo (relacionada ao setor ou sobrecarga de trabalho), intolerância ao uso repetido do sabão ou da solução alcoólica e, no caso dos acadêmicos que estão em períodos mais avançados, pode ser causada por fazer muito tempo que estes tiveram as aulas e a demonstração no Laboratório ou por eles terem uma liberdade maior para executar suas tarefas em estágio.