O aleitamento materno exclusivo (AME) é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido nos primeiros meses de vida. É uma das maneiras mais eficientes de atender aos aspectos nutricionais, imunológicos e psicológico da criança. Assim, este estudo objetivou conhecer a percepção de mães adolescentes sobre o aleitamento materno exclusivo. Caracteriza-se como pesquisa de campo de abordagem qualitativa, que teve início após aprovação pelo Comitê de Ética da Faculdade Novafapi, na cidade de Teresina-PI. Foi desenvolvida com dez adolescentes que realizaram o pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde em Caxias-MA durante o mês de maio de 2010, mediante a aplicação de entrevista semi-estruturada. Após a transcrição e análise dos depoimentos, emergiram seis categorias: O AME como prevenção de doenças na criança: as mães percebem a prática como meio para que as crianças não adoeçam e reconhecem a importância que o aleitamento tem para o seu bebê na proteção contra doenças, proporcionando assim um crescimento saudável. O AME como aproximação do vínculo mãe-filho: admitem que a consolidação da relação mãe-filho se dá especialmente durante as mamadas, quando estes encontram condições ideais para estabelecer contato afetivo mais intenso. O AME como método para redução de massa corpórea pós parto: reconhecem que as mulheres que praticam o aleitamento materno apresentam um retorno mais rápido do índice de massa corpórea, voltando ao seu peso pré-gravídico. O AME como fator estressante e doloroso: relacionam a prática ao esgotamento físico, dor e noites mal-dormidas, tornando a experiência geradora de conflitos. O AME como depreciador da imagem corporal: relatam descontentamento em relação à flacidez, estrias, fissuras mamilares e estravasamento constante de leite. Conclui-se que apesar dos problemas relacionados pelas adolescentes, essas mães vêem o aleitamento materno de forma positiva, como forma de prevenção de doenças para as crianças e para elas mesmas.