Introdução: A sexualidade de mulheres mastectomizadas pode sofrer desequilíbrios devido à diminuição do desejo sexual, a ansiedade, e a períodos de depressão potenciados pela alteração física. Assim, este estudo é importante para a difusão de cuidados de enfermagem necessários às mulheres mastectomizadas frente à sua sexualidade. Desse modo, proporciona aos profissionais de enfermagem o alcance de um cuidado integral e holístico. Objetivo: Conhecer a atuação do enfermeiro direcionada à mulher mastectomizada com foco na sexualidade. Metodologia: Revisão bibliográfica de caráter exploratório, realizado de janeiro a abril de 2012. Para a confecção foram procurados textos, com temática comum, existentes em periódicos indexados nos bancos de dados LILACS, MEDLINE e BDENF, no período de 2000 a 2011. Optou-se pelo acesso aos textos completos e os idiomas português e inglês. Primeiro, acessamos o site da Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME) e consultamos os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), identificando os seguintes: Sexualidade e Mastectomia. Depois, acessamos os bancos de dados mencionados, em março de 2012 e, através do cruzamento dos dados, obtivemos 42 publicações. Em relação aos aspectos éticos e legais, a pesquisa obedeceu às normas da Resolução Nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A mulher mastectomizada passa por um grande desgaste biopsicossocial, necessitando de apoio para enfrentá-lo. O enfermeiro encontra-se numa posição de realce no cuidar da mulher mastectomizada, pois este, geralmente, passa mais tempo junto a paciente, e pode lidar com os aspectos do foro mais íntimo desta. Destarte, ocorrem inúmeras oportunidades de contato e ela poderá sentir bem amparada, configurando um cuidado holístico. Além disso, o enfermeiro como agente de informação/formação, não deverá negligenciar aspectos relacionados com as necessidades de caráter sexual, uma vez que a mulher mastectomizada, sobretudo a mais jovem, mostra-se bastante apreensiva nesse âmbito. Conclusão: O tema sexualidade, normalmente, é de difícil abordagem, tanto para a mulher como para o enfermeiro e os profissionais de saúde em geral, pelo que a avaliação da função sexual é muitas vezes omitida. Ainda, observa-se uma carência em estudos com a temática abordada, levando a necessidade de incentivo para o seu desenvolvimento.