Câncer é um termo genérico usado para referir-se ao crescimento de tecido anormal no corpo com característica típica, a perda do controle do crescimento normal do tecido. A importância atribuída a esta doença vem acompanhada de um aumento de investimento financeiro e da produção científica, que nos últimos anos, tem focado o enfrentamento do estigma provocado pela doença e a busca pela melhoria da qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Objetivou-se elaborar uma análise sobre o papel da enfermagem no cuidado ao paciente oncológico, identificando o impacto psicológico e a fragilidade do paciente frente ao diagnóstico a partir da literatura brasileira. Trata-se de uma revisão de literatura realizada no período de novembro de 2011 a janeiro de 2012 e teve como fonte a base de dados a SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Foram encontrados 55 artigos completos, sendo 32 trabalhos escritos em português, utilizando-se os seguintes descritores: Enfermagem; Oncologia; Assistência. Após a leitura exaustiva do material foram elaborados os subtemas: O Paciente Oncológico Diante do Diagnóstico: Seus Anseios e Fragilidade e A Enfermagem e o Paciente com Câncer, para melhor expor os achados, que foram apresentados e discutidos descritivamente a partir de uma abordagem qualitativa. O diagnóstico do câncer é impactante, geralmente a família e o paciente desorganizam-se, alterando rotina e dinâmica, necessitando, portanto, de inclusão acompanhada e assistida. Identificou-se cinco estágios caracterizados por reações específicas do individuo diante da morte e do morrer: (1)choque e negação, (2) raiva,(3) barganha, (4) depressão e (5) aceitação. É necessário que o enfermeiro saiba ouvir, apoiar e valorizar os sentimentos da pessoa a ser ajudada e que se comunique eficazmente. Os enfermeiros que lidam com a assistência prestada ao paciente oncológico devem estar preparados para apoiar os pacientes, as famílias e os amigos diante de uma sucessão de crises físicas, psicossociais, culturais e religiosas. Os cuidados ao paciente em fase terminal representam um grande desafio para os enfermeiros que devem reconhecer que, quando as metas do curar deixam de existir, as metas do cuidar devem ser reforçadas através de medidas que favoreça o bem-estar do doente oncológico. Conclui-se que esses pacientes oncológicos estão fragilizados e necessitam de cuidados voltados não apenas para suas necessidades fisiopatológicas, mas, também para seus anseios psicológicos.