O leite materno é considerado o alimento essencial para o processo de crescimento e desenvolvimento infantil, principalmente durante os primeiros meses de vida. Contudo, apesar do reconhecimento desses benefícios observa-se que as taxas de amamentação ainda se encontram em níveis inferiores do que recomendada a Organização Mundial de Saúde (OMS). A etiologia é multifatorial envolvendo aspectos biológicos, socioeconômicos, culturais, assistenciais e demográficos. Desta forma, torna-se necessário realizar análises diagnósticas relacionadas à identificação dos fatores que comprometem a amamentação. Identificar os fatores maternos que dificultam a prática do aleitamento materno. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva com análise integrativa e qualitativa da literatura disponível em bancos de dados virtuais (SCIELO, LILACS, BVS), revistas eletrônicas, livros e artigos durante o período de abril a maio de 2012. Diferentes fatores estiveram relacionados à dificuldade para a manutenção do aleitamento materno entre as mulheres, sendo eles: maternidade precoce, escolaridade e baixo nível socioeconômico, exercício do trabalho extradomiciliar, problemas familiares, doenças maternas e o uso de drogas. A influência cultural arraigada é bastante forte, pois comumente parentes próximos, como mães e avós, transmitem informações baseadas em crenças que vão de encontro à realidade científica acerca do leite materno. Aspectos biológicos a exemplo das mastites, ingurgitamento e fissuras mamárias também favorecem o desmame precoce. Este aspecto está comumente relacionado à ausência de desconhecimento materno acerca do manejo no ato de amamentar, a exemplo de uma “pega” correta. Ademais outros fatores como a deficiência na assistência por profissionais de saúde relacionadas a prover informações contundentes e a introdução de alimentos e dos dispositivos de borracha, como chupeta e mamadeira também estiveram relacionados como determinantes pela interrupção da amamentação. Analisando os textos pesquisados pode-se compreender que o desmame precoce é sócio-culturalmente construído, composto pelos fatores biológicos, sociais, ideológicos que constituem o binômio nutriz-lactente, bem como pela visão e ação biológica que constitui grande parte dos profissionais, serviços e programas de saúde, constatando-se que este último, é o fator de maior importância.