O Planejamento Familiar integra a Estratégia de Saúde da Família, sendo esta compreendida como um conjunto de ações que têm como finalidade contribuir para a saúde da mulher e da criança e que permite ao casal escolher quando quer ter um filho, assim como a quantidade e o espaçamento, conforme seus princípios de necessidade. Logo, objetivou-se conhecer a produção científica quanto à prática do planejamento familiar na Estratégia de Saúde da Família. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratório, realizada durante o mês de setembro de 2011, a partir de uma busca de artigos e periódicos disponíveis nos bancos de indexação BVS, LILACS e SCIELO. Foram utilizadas as palavras-chave: Estratégia de Saúde da Família, Serviços de Planejamento Familiar, Saúde Sexual e Reprodutiva, e por critérios de seleção dos artigos: data de publicação (2005 a 2010), título do periódico e textos completos, selecionando dessa forma 18 artigos. A prestação de serviços de planejamento familiar que ocorre na Estratégia de Saúde da Família é um componente importante da assistência à saúde reprodutiva, tendo como objetivo primordial a seleção e discussão de um método anticoncepcional adequado para o casal, sendo este adequado às suas necessidades individuais, desejos e condições fisiológicas. Entretanto, estudos apontam a dissociação entre as práticas educativas e a rotina de atenção ao planejamento familiar, tendo em vista a sua existência na atenção primária para auxiliar as usuárias do SUS, maiores esforços devem ser dirigidos para reduzir a carência de informação diante dos métodos adotados pelas clientes, de modo que a prática clínica corrente possa responder ao risco real das populações que estão sendo servidas. As ações voltadas à adesão aos métodos são constatadas com grande ênfase sobre a necessidade da disponibilidade de outros métodos e não somente o que se dispõe atualmente. É nítido, portanto, que a Estratégia de Saúde da Família possui fundamental importância na execução do planejamento familiar, devendo esta ser feita de acordo com as individualidades existentes, assim como por profissionais que possam, de fato, corresponder às necessidades em saúde sexual, em toda a sua amplitude, sem fragmentação alguma, para que as portas de entrada dos serviços de saúde estejam sempre e realmente abertas na manutenção dos direitos humanos sexuais e reprodutivos.