O projeto Anjos da Enfermagem foi implantado no Rio de Janeiro em dezembro de 2010 e mudou a nossa vida enquanto acadêmicos de enfermagem, da Faculdade Redentor, localizada em Itaperuna-RJ. O nosso objetivo foi minimizar o sofrimento e a ansiedade causados pela doença e pelo processo de hospitalização através da humanização do cuidado com a arte de brincadeiras infantis. O estudo é descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciadas pelos voluntários no período de dezembro a maio de 2011, usando como recurso a terapia do brincar, cantar, representar e dançar com as crianças na pediatria do Hospital São José do Avaí, em Itaperuna –RJ. A fundamentação metodológica das nossas ações basearam-se numa revisão de literatura sobre o lúdico e brincadeiras infantis, bem como, em artigos científicos de crianças hospitalizadas disponíveis na biblioteca Virtual de Saúde. Como a criança é fruto de um meio, fez-se necessário a busca de recursos materiais com uma visão holística do cuidado, visando o pleno bem estar físico, mental e social da criança e seus familiares. Nossas visitas foram momentos mágicos vividos na pediatria onde nos transferimos para o mundo da fantasia, dos sonhos e com cantigas infantis, brinquedos, teatros, danças e muita alegria passamos a ser “cidadãos do bem” fazendo o bem àqueles inocentes que tanto precisavam de atenção e de pessoas humanizadas para brincar. Entendemos que nossas ações são muito mais do que curar: são cuidar, mesmo que não tenham como objetivo a cura de seus males ou a leve a ela. É muito mais que isso: é promover a saúde através do lúdico, considerado como uma psicoterapia adaptada para o tratamento infantil atendendo melhor as suas necessidades emocionais e sociais. Transformamos-nos em reis e rainhas, pinóquios, lobo mau e os três porquinhos e entramos pelo mundo da fantasia como grandes contadores de histórias e excelentes cantores. As medidas terapêuticas das brincadeiras usadas como intervenções de melhora do bem estar e qualidade de vida da criança nos motivaram a criar novas intervenções lúdicas para promoverem de certa forma, a cura de determinados males que somente os fármacos não conseguem. As crianças hospitalizadas passaram de uma situação passiva diante da doença, para uma situação ativa, onde ao controlarem imaginariamente o novo ambiente hospitalar vivenciaram com os Anjos da Enfermagem momentos de extremo prazer e impossíveis de se esquecer.