A cobertura à atenção pré-natal tem aumentado no Brasil, e segundo dados do Ministério da Saúde o atendimento pré-natal realizado na atenção básica aumentou em mais de 350% nos últimos 10 anos. A gravidez, apesar de ser um processo fisiológico, produz modificações no organismo materno que o colocam no limite do patológico. Desse modo, se a gestante adolescente não for acompanhada adequadamente, existindo a superposição de estados patológicos prévios, o processo reprodutivo transforma-se em situação de alto risco tanto para mãe quanto para o feto. Nesse âmbito, os cuidados no pré-natal constituem uma importante ação programática, uma vez que permitem acompanhar a gravidez da gestante e identificar situações de risco para a mãe ou para o feto, corrigindo-as quando necessário. Sendo assim, na história da saúde pública, a atenção materno-infantil é reconhecida como prioritária. O objetivo geral visa caracterizar a adesão das gestantes adolescentes em acompanhamento pré-natal em uma unidade de saúde da família do município de Sanharó-PE. Trata-se de um estudo descritivo exploratório de caráter quantitativo. Os dados foram coletados através do sistema de acompanhamento do Programa de Humanização no pré-natal e nascimento, SISPRENATAL, no período de 2010. A amostra foi das gestantes adolescentes cadastradas em uma unidade do serviço de estratégia de saúde da família do município de Sanharó –PE. Em relação ao processamento e análise dos dados, os resultados foram tabulados através do Epi Info correlacionando com base na literatura pesquisada. Das 53 gestantes que iniciaram o pré-natal em 2010, 37,7% eram adolescentes, dessas, 15% abortaram e 20% não concluíram o pré-natal por mudança de endereço. Em relação à faixa etária 25% das gestantes adolescentes tinham 18 anos; 84,6% realizaram 6 consultas ou mais; Quanto a realização dos exames de rotina preconizados pelo Ministério da Saúde 100% das gestantes adolescentes fizeram os mesmos na primeira consulta e 76,9% repetiram-nos no terceiro trimestre; 100% eram imunizadas e apresentaram baixo risco gestacional. Em relação à captação para início do pré-natal 61,5% das gestantes adolescentes iniciaram o acompanhamento precocemente. Dessa forma, apesar dessas gestantes serem adolescentes, elas apresentaram boa adesão ao pré-natal influenciando diretamente os coeficientes de morbimortalidade materna e infantil do município refletindo um alto potencial indicativo da qualidade dos serviços de saúde.