A traqueostomia é um procedimento cirúrgico comum no ambiente de Terapia Intensiva (TI), e consiste na abertura traqueal com inserção de um tubo de traqueostomia podendo ser de uso temporário ou permanente. É indicada para pacientes com tempo prolongado de ventilação Mecânica, no manuseio dos portadores de desmame difícil da prótese ventilatória ou para facilitar a higiene das vias aéreas, oferecendo maior segurança e conforto para o paciente, permitindo a retirada do tubo traqueal e a diminuição da sedação durante a VM. Este estudo compreende uma necessidade encontrada durante à graduação do manejo adequado de pacientes traqueostomizados, haja visto que estes procedimentos estão sendo realizados cada vez mais precoce nas UTI. O objetivo visa analisar as publicações científicas a fim de aprofundar o conhecimento sobre a temática e enfatizar os principais cuidados de enfermagem necessários para uma assistência adequada desses pacientes. Para fundamentar o estudo, utilizou-se de 9 artigos indexados nas bases de dados: ScieLO, LILACS e 1 literatura, com os unitermos “Ventilação Mecânica”, “Traqueostomia”, “Unidade de Terapia Intensiva” e “Cuidados de Enfermagem”. As produções enfatizam a traqueostomia como um procedimento de indicação e tempo de remoção ainda controverso, ou seja, não há um consenso em relação à realização; descreve também as complicações precoces e tardias resultantes do manejo, apontando a fístula tráqueoesofágica como aquela que proporciona um índice de mortalidade de 100%. Quanto aos cuidados de enfermagem consistem em utilizar a técnica estéril ao aspirar o paciente, controle da pressão do balão no nível apropriado, monitorar sinais e sintomas de infecção, entre outros. Assim, conclui-se que a incidência de traqueostomia é elevada e que os cuidados ativos de enfermagem são essenciais para a recuperação precoce desse pacientes e redução e/ou ausência de suas complicações.