INTRODUÇÃO: A população jovem é um grupo prioritário para promoção da saúde em todas as regiões do mundo. A disciplina “Atenção e Integral a Saúde da Criança ao Adolescente I” na área do escolar visa proporcionar ao estudante o contato com alunos e preparar o discente para atuar como enfermeiro na escola, tendo como base o tripé: família, escola comunidade. OBJETIVO: Descrever por meio da prática acadêmica da enfermagem na escola o desenrolar da detecção de alunas que sofriam violência sexual. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo realizado em uma Escola de Ensino Fundamental do município de João Pessoa – Paraíba, com idade entre 11 e 14 anos, no mês de novembro de dois mil e dez. O estágio seguiu os seguintes passos: 1 conhecimento do comportamento do escolar em sala de aula e detecção das dúvidas mais freqüentes; 2 desenvolvendo dinâmica para conhecer as perguntas sem a identificação dos alunos; 3 Explicar o tema de forma ampla, usando em comunicação adequada a clientela e motivação lúdica; 4. Trabalho em pequenos grupos com espaço para necessidades individuais e; 5 reunião com professores. Durante todos os dias do estágio, havia no fim da manhã avaliação do trabalho e discussão da organização escolar observada, para tanto se utilizou à observação participante. RESULTADOS: Ao final da atividade algumas alunas queriam conversar em particular, então iniciaram com dúvidas diferentes das que tinham sido colocadas dentro da sala de aula, posteriormente a primeira relatou chorando ter sido abusada sexualmente pelo pai e avô desde os 8 anos, a outra pelo primo desde os 9 anos. No primeiro momento fiquei surpresa com a situação e não sabia como agir, orientei quanto à necessidade de realizar um exame, conversar com a mãe ou responsável. Pode-se perceber que a existência de violência sexual desde a infância em suas vidas criou muitos aspectos negativos acerca da sexualidade das mesmas. Os casos foram informados a docente da disciplina que providenciou o contato com o Conselho Tutelar da região. CONCLUSÃO: Percebeu-se a necessidade de atenção e sensibilidade das famílias e educadores as possíveis mudanças normais e referentes à violência sexual na adolescência, a fim de tratar a sexualidade como atributo próprio da pessoa humana, para que os adolescentes vivenciem essa fase de maneira positiva.