A insuficiência renal crônica gera complicações e requer o tratamento definitivo, o transplante renal, por isso foi implantado em 2004 um projeto com profissionais interdisplinares para realizar assistência direcionada ao cliente pós transplante renal, o PAI (Programa de Assistência Interdisciplinar) uma vez que a qualidade de vida se baseia no acompanhamento de seu estado de saúde e de sua adaptação aos hábitos saudáveis. Por nem sempre os clientes obterem uma boa adaptação à nova rotina, se faz necessário um acompanhamento rigoroso por parte dos profissionais de saúde, portanto o objetivo da implantação do PAI consistiu garantir a prevenção e promoção da saúde dos transplantados renais por meio da integração de diversos profissionais da área da saúde. O objetivo deste trabalho consiste em relatar a experiência das acadêmicas do curso de enfermagem frente ao PAI de 2009 a 2011, onde realizam consultas semanalmente através dos procedimentos de coleta de histórico com a utilização de um instrumento próprio criado pelo projeto e avaliação de exames laboratoriais, exame físico e orientações individualizadas e registro no prontuário. A consulta de enfermagem tem como aporte teórico as teorias de enfermagem de Wanda Horta, teoria de Orem e a teoria Callista Roy. Apesar de o projeto ser de caráter interdisciplinar, atualmente, devido a conflitos internos conta-se apenas com a enfermagem e médica nefrologista pertencente a instituição onde os pacientes são atendidos. Com este trabalho foi possível encontrar problemas e confrontos pós- transplante dos pacientes acompanhados, assim como a resolução dos mesmos com a colaboração e participação de vários profissionais da saúde, qualificando assim a assistência oferecida, garantindo melhoria, qualidade e prolongamento da vida. Percebe-se ainda a necessidade urgente do retorno dos demais cursos com o intuito de ampliar as diversas interfaces do cuidado frente ao paciente transplantado. O atendimento ambulatorial interdisciplinar regular é de suma importância para o resgate e o acompanhamento destes, a fim de garantir um tratamento adequado após o transplante e a prevenção de complicações e agravos decorrentes da falta de orientação e supervisão de sua saúde. O crescimento acadêmico quanto ao tratamento holístico é de grande relevância, uma vez que o homem é visto como um todo dinâmico em constante alteração quando nele houver uma lesão, onde a enfermagem sempre se caracterizou por seu objetivo intensamente humanístico.