O diagnóstico de enfermagem (DE) é o julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais sendo a base para a seleção de intervenções de enfermagem pelas quais o enfermeiro é responsável (NANDA, 2011). O objetivo deste estudo consistiu em identificar o perfil dos DE aplicados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa Casa de Caridade de Diamantina (SCCD), Minas Gerais, instituição de caráter filantrópico com mais de 95% de seus recursos provenientes do Sistema Único de Saúde, SUS. Tratou-se de um estudo retrospectivo e documental cuja metodologia atendeu às seguintes etapas: a) coleta de dados de prontuários e da planilha “SAE em Terapia Intensiva – Diagnósticos de Enfermagem em CTI” que contem as informações referentes aos DE dos pacientes internados no CTI sendo o período analisado compreendido entre abril de 2009 a abril de 2011 totalizando 202 prontuários. b) Tabulação dos dados através do programa SPSS, versão 18.0. c) Análise das informações. Os resultados indicaram que existem 59 DE distribuídos em oito categorias: sistema cardiovascular, respiratório, renal, nervoso, distúrbios gastrointestinais, alteração cutâneo/mucosa, alterações psicossociais e termorregulação. Observou-se a presença de 133 pacientes do sexo masculino (65,84%) e 69 do feminino (34,16%). A média de idade dos pacientes internados foi de 56 anos sendo que a faixa etária variou de 11 a 93 anos. Os DE que apresentaram maior freqüência foram: Risco de infecção (100%), Risco para integridade da pele prejudicada (83%), Mobilidade física prejudicada (75%), Risco de desequilíbrio de volume de líquido (73%) e Déficit no autocuidado (63%). Os demais, somados, apresentaram índice menor que 13%. Conclui-se após identificação dos DE utilizados no CTI, pode-se traçar intervenções específicas de acordo com as peculiaridades de cada paciente crítico a fim de minimizar a persistência de tais diagnósticos. Salienta-se que seja analisado se os recursos humanos atualmente disponíveis no setor suprem a demanda assistencial dos pacientes assistidos. Além disso, percebe-se que o sexo masculino foi o detentor majoritário de internações no período analisado e que possíveis articulações intersetoriais entre o hospital, a Universidade e as Estratégias Saúde da Família voltadas para Saúde do homem, poderá contribuir para redução da ocorrência de internados do sexo masculino.