A adolescência é a etapa da vida compreendida entre a infância e a fase adulta, marcada por um complexo processo de crescimento e desenvolvimento biopsicossocial. Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou que mais da metade dos adolescentes não toma o reforço de vacinas recomendado para a idade. O que justifica esse quadro, na maioria das vezes é a desinformação e a falta de indicação médica. A vacinação é essencial não só para garantir a imunidade dos jovens a várias doenças, como também para evitar que esses males se espalhem em determinadas áreas. Conhecer a percepção sobre imunização pelos (as) adolescentes; identificar as circunstâncias em que os (as) adolescentes buscam os serviços de saúde; verificar o estado vacinal entre os (as) adolescentes; analisar a importância dada pelo (a) adolescente acerca da imunização e verificar a adesão ou não dos (as) adolescentes às vacinas. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, desenvolvido em uma escola pública, no Município de Petrolina-PE, por se tratar de uma escola referência no ensino médio público de Petrolina. Os sujeitos foram 14 adolescentes matriculados nessa escola. Para coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado. Os dados foram analisados segundo a Análise de Conteúdo de Bardin. Os (As) adolescentes eram de ambos os sexos, com idade que variou entre 14 a 17 anos. Os entrevistados mostraram que conhecem a finalidade e a importância da imunização, e, no geral, apresentam uma percepção relativamente satisfatória, embora tenham demonstrado déficit de conhecimento em relação à indicação das vacinas. Quanto ao estado vacinal, à maioria deles (as) referiu estar com o esquema completo, entretanto, após a observação de alguns cartões de vacina, notou-se que faltavam vacinas como a hepatite B. Portanto, fazem-se necessárias estratégias de educação em saúde que envolvam os (as) adolescentes para uma melhor percepção entre eles (as) da importância das vacinas neste ciclo da vida. Nesse contexto, a escola se coloca como lugar privilegiado para o desenvolvimento dessas estratégias, visando à mudança de comportamento desses (as) adolescentes no que diz respeito à promoção da saúde e a prevenção de doenças.