INTRODUÇÃO: A Infecção do Trato Urinário (ITU) é uma doença caracterizada pela invasão de microorganismos nas vias urinárias, podendo estes serem da própria microbiota orgânica, resultando na maioria das vezes da colonização da urina por bactérias fecais, cujo principal causador é a Escherichia Coli (FIGUEIRÓ-FILHO et al., 2009). A ITU acomete um número significativo de mulheres, principalmente na fase adulta, porém, quando estas se encontram em período gestacional, há maior probabilidade de desencadearem tal infecção, devido as mudanças anatômicas e fisiológicas ocorridas no trato urinário, o que constitui uma infecção comum e relevante durante a gravidez, responsável por elevado número de complicações materno-fetais, inclusive de óbito materno e perinatal. OBJETIVO: Identificar a produção científica acerca da ITU na gestação. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica a partir de artigos retirados da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, tendo como critérios de inclusão os descritores que correspondiam a infecção; trato urinário; gravidez, e cujo assunto principal fosse a infecção urinária na gravidez, publicados nos últimos cinco anos. RESULTADOS: A ITU é reconhecida a partir de exame clínico com exceção da bacteriúria assintomática, sendo diagnosticado principalmente durante as consultas pré-natais, sendo importante contribuinte para o tratamento precoce, evitando sérias complicações durante o período gestacional, como pielonefrite, trabalho de parto pré-termo, recém-nascidos de baixo peso, rotura prematura de membranas, restrição de crescimento intraútero, paralisia cerebral, entre outras. CONCLUSÃO: A ocorrência de infecção urinária na gravidez apesar de ser uma complicação comum pode-se associá-la a desfechos gestacionais desfavoráveis, estando relacionada a vários fatores incluindo o conhecimento inadequado das gestantes sobre a presença da ITU, a necessidade de tratamento e acompanhamento dessa infecção durante as consultas pré-natais, a existência de casos assintomáticos de difícil diagnóstico e tratamento precoce, a dificuldade de acesso a exame laboratorial e tratamento em tempo oportuno, dentre outras, tornando imprescindível uma investigação eficiente durante o pré-natal, objetivando minimizar os efeitos, as complicações e a redução da taxa de morbidade e mortalidade das mulheres acometidas por ITU no período gestacional, bem como, um maior compromisso dos gestores e profissionais de saúde, sobretudo com a vida.