Trata-se de relato de experiência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) através do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O referido Programa abrange profissionais das áreas de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Farmácia, Educação Física, Serviço Social e Psicologia. Desse modo, o trabalho tem como objetivo relatar a experiência de enfermeira integrante do Programa, descrevendo as atividades desenvolvidas em UTI, no pós-operatório de pacientes neurocríticos. Essa prática em Unidade de Alta Complexidade tem uma carga horária equivalente à 4608 horas e seu término está previsto para março/2012. Participaram dessa experiência três profissionais, sendo um enfermeiro do primeiro ano (R-1) e duas enfermeiras do segundo ano (R-2). Quanto às atividades desenvolvidas incluem-se, planejamento da assistência de enfermagem, execução de procedimentos de enfermagem de maior complexidade técnico-científica, atividades de supervisão e treinamento em serviço da equipe de enfermagem, no intuito de mantê-la atualizada garantindo uma assistência livre de danos, conforme prevê o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. É importante mencionar que esse Programa de Residência Multiprofissional, constitui-se a primeira experiência no HUGV, e tem propiciado não apenas o desenvolvimento de habilidades técnicas, mais interpessoais e éticas. Nesse sentido, ressaltamos que as aulas teóricas, a troca de saberes entre os profissionais e a prática em serviço, tem ampliado a visão do enfermeiro no que se refere à importância da interdisciplinaridade. Quanto a prática em UTI, vivenciada junto aos pacientes neurocríticos, destacamos que tem instrumentalizado o enfermeiro sob o ponto de vista técnico-científico, humano e ético para o processo de cuidar desses pacientes com qualidade. Porém não basta instrumentalizar apenas o enfermeiro, o treinamento em serviço da equipe de enfermagem é fundamental quando se deseja garantir qualidade da assistência. Acreditamos que o fato de ser a primeira experiência, remete a alguns entraves que carecem ser superados, dentre esses, falta maior integração e envolvimento por parte dos enfermeiros docentes, maior visibilidade do papel do enfermeiro residente no hospital universitário. Além da infraestrutura que precisa ser ampliada a fim de atender ao novo quantitativo de residentes, haja vista que anteriormente existia apenas a residência médica.