Uma atenção pré-natal e puerperal de qualidade e humanizada é fundamental para a saúde materna e neonatal sendo necessário a construção de um novo modelo de assistência no processo saúde/doença, onde o ser é integrado em sua totalidade, corpo e mente, inserido num meio social, econômico e cultural dotado de direitos e deveres, onde profissionais de saúde, usuários e gestores estabeleçam bases para produção de saúde. O Modelo de Adaptação de Callista Roy oferece diretrizes e subsídios para o processo de enfermagem, que incluem a investigação do comportamento, investigação do estímulo, diagnóstico de enfermagem, o estabelecimento de metas e intervenção e avaliação. Trata-se de um relato de experiência acerca da aplicação da Teoria de Roy durante a consulta pré-natal desenvolvida em um ambulatório de Teresina, onde, para embasar a prática, foi utilizada a tipologia de problemas de adaptação comumente recorrente e de adaptação positiva de Roy após adequação, pelas autoras, ao pré-natal visando a identificação de respostas ineficientes ou adaptativas de modo a suscitar a enfermeira a investigar os estímulos internos ou externos que podem estar afetando esses comportamentos. O diagnóstico é feito tanto pela tipologia de problemas adaptativos e de indicadores de adaptação positiva mais comuns no pré-natal ou com suporte da taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Para obtenção dos resultados, a taxonomia II da Nanda-I apresenta-se como uma estrutura multiaxial constituída de sete eixos os quais constituem dimensões da reação humana. Após a adequação, pelas autoras, da tipologia de problemas de adaptação comumente recorrente e de adaptação positiva de Roy ao pré-natal, foi elaborada uma planilha para o Modelo de Adaptação de Roy visando estabelecer os principais diagnósticos no pré-natal através de busca na Taxonomia NANDA. Para sistematizar a Assistência de Enfermagem foram selecionados alguns domínios com suas respectivas classes e definições que melhor se adequaram à consulta Pré-natal. Onde, em função da coleta de dados, objetivos ou subjetivos, de fonte primária ou secundária, através de interação, observação ou mensuração foram estabelecidos os diagnósticos de enfermagem. Conclui-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem melhora a qualidade da assistência, principalmente quando alicerçada em Teoria, contribuindo para a manutenção do compromisso social de prestar atendimento de saúde nas diferentes esferas do cotidiano.