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Anais - 14º CBCENF

Resumo

Título:
AÇÕES DE SAÚDE PARA PROSTITUTAS: UMA ANÁLISE REFLEXIVA
Relatoria:
BELISA MARIA DA SILVA MELO
Autores:
  • Claudete Ferreira de Souza Monteiro
  • Taiane Soares Vieira
  • Giovanna de Oliveira Libório Dourado
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A prostituição é uma atividade que pode ser voltada para negociação de relações sexuais por dinheiro, favorecimento profissional, por informação, dentre outros motivos. Reflete também em várias questões não apenas no sentido econômico-financeiro, mas em relação a questões psicológicas, como auto-estima, capacidade de auto-aceitação e sentimento de pertença. Por esses motivos, muitas organizações de prostitutas reivindicam os direitos sociais de cidadania e o reconhecimento da prostituição como profissão digna, que acarreta direitos e deveres. No Brasil, as políticas públicas voltadas à prostituição começaram a mudar a partir da década de 90, inaugurando um período de incorporação de novos elementos, perspectivas e sujeitos no debate sobre a prostituição e os direitos dessas mulheres. Esse artigo tem como objetivos refletir criticamente sobre as ações de saúde voltadas para as prostitutas e enfatizar os fatores que dificultam no desempenho do cuidado a essas mulheres. Trata-se de um artigo de reflexão, onde foram utilizados como referenciais para embasar o texto, as publicações relacionada à temática a partir do ano de 2005 a 2010 no Scielo, Medline, Lilacs e Bireme. Diante das publicações relacionadas à temática e da realidade que o serviço de saúde mostra, fica claro que o comportamento sexual das prostitutas aponta para a necessidade de intervenções relacionadas aos diversos aspectos em saúde, devido à vida promíscua, pelos ambientes freqüentados, pessoas que atendem e pelo que essas mulheres são obrigadas a se submeter no cotidiano de trabalho. A maioria sente dificuldade na manutenção da qualidade de vida e adotam atitudes prejudiciais à saúde constituindo um grupo de risco para o surgimento de diversas alterações biopsicossociais. As políticas do Ministério da Saúde, como é o caso da Política de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PAISM), quando trabalham com prostitutas, geralmente volta-se para atividades relacionadas especificamente à prevenção de DST´s deixando de lado os outros problemas que permeiam o cotidiano dessas mulheres. Existem alguns obstáculos de acesso aos serviços públicos de saúde por parte dessas mulheres, em virtude do preconceito da sociedade e principalmente dos profissionais da área. Dessa forma, torna necessárias pesquisas que possam mostrar a magnitude do problema e os riscos que essas mulheres estão expostas, já que a prostituição é permeada de vários fatores de risco que influenciam nas questões de saúde pública.