Introdução: No campo de atuação profissional, existem demandas de alta complexidade assistencial durante todo o processo terapêutico que requererem dos enfermeiros extrema habilidade relacional e afetiva, pois os colocam em contato estreito com situação de dor, finitude e morte, além de mutilações, efeitos colaterais e expectativa de cura da doença que desencadeiam graves reações físicas e emocionais e desesperança de pacientes e familiares. Esses elementos imputam aos enfermeiros a necessidade de enfrentamentos, perenizados durante a operacionalização da assistência aos usuários. Objetivo: apresentar estratégias apropriadas para o profissional enfermeiro comunicar más notícias aos pacientes e seus familiares. Metodologia: pesquisa exploratória descritiva com base em fontes bibliográficas que garantem a fidedignidade das informações nas quais se realizou uma revisão da literatura. Compilação dos dados realizada por meio das leituras exploratória, seletiva, analítica e interpretativa. Resultados: o protocolo SPIKES (1992) constitui-se um guia metodológico para a comunicação das chamadas más notícias, facilitando a qualidade da relação profissional-paciente. Para a comunicação das más notícias, os estudos sugerem: a) estabelecer relação profissional-paciente adequada; b) ver o paciente como pessoa; c) reconhecer o que e quanto o paciente quer saber; d) a notícia deve ser dada de forma gradativa, clara e aberta; e) encorajar e validar as emoções; f) atenção e cuidado com o paciente e família; g) trabalhar suas próprias emoções. Para facilitar a comunicação, o enfermeiro deve fazer acolhimento, apresentar-se e num espaço privado, perceber e dar espaço para as perguntas respondendo todas as dúvidas de forma clara e objetiva. Deve também realizar um resumo de tudo que já foi realizado, e dar espaço para o doente e seus familiares expressarem as suas emoções. Conclusão: Todo profissional de saúde tem o dever de se capacitar para realizar uma comunicação franca com os pacientes e seus familiares. Cada situação de comunicação de uma má notícia é única, por esse motivo o enfermeiro deve adaptar a forma de comunicar a notícia tanto ao paciente como sua família, jamais se esquecendo de que más notícias não se transformam em boas notícias, qualquer que seja o arranjo linguístico para expressá-las. O suporte profissional do enfermeiro deve conjugar a capacidade de escuta com a competência científica, envolvendo os aspectos éticos necessários a uma relação de ajuda.