As células-tronco são consideradas neste início de século um marco histórico na medicina curativa e abre novos caminhos para o futuro da ciência. Mesmo considerando um avanço, o estudo apropriado dessas células leva à ambigüidade de valores. Se por um lado há a perspectiva de cura de doenças até então classificadas como “incuráveis”, por outro lado, o questionamento de sua eficácia e a utilização de embriões humanos. As células tronco podem ser classificadas como adultas ou embrionárias. As CTA apresentam maior especificidade e é fácil adquirir. Já as CTE, ditas “totipotentes”, trazem consigo a possível cura de doenças pela sua maior capacidade de transformação em outros tecidos/células do corpo, e tem como finalidade o enfrentamento e cura de patologias e traumatismos que severamente limitam, atormentam, infelicitam, desesperam e não raras vezes degradam a vida de expressivo contingente populacional. Apesar deste progresso e, consequentemente, do acelerado processo de informação sobre células-tronco, os debates éticos e o ensino da bioética relacionada ao tema, especialmente em instituições de ensino, correm em ritmo mais lento, pois, no Brasil, diversas universidades adicionaram em seus currículos o ensino da bioética, porém esta disciplina ainda se encontra dissociada dentro da grade curricular. Tão significante quanto estudar a cultura da ciência, é estudá-la a partir de um olhar mais humanizado, menos rigorosa. O objetivo deste estudo é identificar na produção científica as temáticas envolvendo “Células Tronco: Implicações éticas” e analisar as propostas atuais relevante a esse assunto, publicado nas bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO com os descritores: células tronco, enfermagem e ética no período de 2004 a 2008. Foram utilizados 8 artigos de periódicos, apontando a necessidade de mais estudo sobre o tema, uma vez que é importante conscientizar o maior número de pessoas leigas e as envolvidas diretamente na questão que desejamos tratar nesta proposta de trabalho. O estudo vem movimentando a opinião pública do mundo todo tanto da ciência genética, do direito, das áreas da saúde e social, quanto de diversos outros segmentos. Trata-se de saber quais os limites éticos, morais e jurídicos que devem ser respeitados, visto a enorme expectativa criada por estas pesquisas, e quais as consequências diretas na vida de todos aqueles que poderiam ser salvos ou ter sua saúde restabelecida pelas células tronco.